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Candidato a astronauta com deficiência pode ir ao espaço sem problemas

JOEL SAGET

O ex-campeão paralímpico britânico John McFall sorri durante a apresentação da nova geração de candidatos a astronautas da Agência Espacial Europeia, em 23 de novembro de 2022 em Paris

Joël SAGET

O ex-campeão paralímpico britânico John McFall, selecionado pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) como candidato a ser o primeiro astronauta com deficiência da história, pode realizar uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), garantiu a agência após um estudo de viabilidade difundido nesta sexta-feira (19).

“Neste momento, não identificamos obstáculos técnicos para que John McFall realize uma missão de longa duração a bordo da ISS como membro da tripulação”, anunciou Jérôme Reineix, encarregado do estudo.

Este médico e ex-campeão paralímpico de atletismo com a perna direita amputada foi selecionado em 2022 pela ESA para se juntar a seu programa de formação e poder se tornar o primeiro “parastronauta” da história.

O cirurgião-ortopedista de 43 anos participou de cursos de sobrevivência em condições extremas e treinamentos específicos para astronautas designados para uma missão espacial.

“Mostrei que sou capaz de responder às exigências”, disse McFall em entrevista coletiva. “Isso não me garante uma oportunidade de voo, mas provamos que isso seria tecnicamente possível para uma pessoa com a mesma deficiência que eu”, acrescentou.

O candidato a astronauta demonstrou ser capaz de realizar uma evacuação de emergência da nave espacial que realiza o transporte para a ISS. “Eu teria que usar minha prótese durante o lançamento, dentro do meu traje espacial”, detalhou.

Durante voos parabólicos, que geram situações de gravidade zero por alguns segundos, pôde demonstrar que conseguiria realizar procedimentos de urgência durante uma missão em órbita e nas atividades cotidianas a bordo da ISS.

“Me movimentar, me estabilizar com minha prótese… Foi um sucesso”, comemorou McFall.

Outro aspecto importante é que ele poderá usar sem problemas os aparelhos de exercício físico da estação, como esteiras de corrida e bicicletas ergométricas, necessários para proteger o corpo dos efeitos da microgravidade.

O estudo analisou apenas o caso particular deste ex-atleta, amputado aos 19 anos depois de um acidente de moto. “Vamos passo a passo. Queríamos no concentrar primeiro na viabilidade de John McFall, antes de expandir para outras deficiências”, afirmou Jérôme Reineix.

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