quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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Holograma de Jesus recebe fiéis para confissões em igreja suíça; modelo usa IA

Reprodução/X

Holograma de Jesus utilizado na Igreja de São Pedro, na Suíça

Uma igreja na  Suíça está utilizando um holograma de Jesus , com uma  inteligência artificial embutida, para ouvir confissões dos fiéis. A “ instalação de arte experimental ” foi introduzida pela Igreja de São Pedro , a mais antiga igreja católica da cidade de Lucerna.

A novidade, que foi chamada de ‘Deus in Machina’ (que significa “Deus na Máquina”), permite que as pessoas interajam com um holograma que foi treinado para imitar Cristo .

A paróquia explicou que a ideia foi concebida por Philipp Haslbauer e Aljosa Smolic, do Centro de Realidades Imersivas da Hochschule Luzern, juntamente com Marco Schmid, que é teólogo na paróquia.

Confissão para a IA

O dispositivo foi colocado dentro de um dos confessionários da igreja e exibe um holograma de Jesus, que supostamente se dirige aos usuários com as palavras, “paz esteja com você, irmão” e os incita a falar sobre, “qualquer coisa que esteja perturbando seu coração hoje”. Ele também pode falar 100 idiomas diferentes.

Schmid disse a um portal de notícias suíço que o programa de IA foi treinado usando escrituras sagradas e textos teológicos da internet. Ele afirmou que “em todos os testes anteriores, suas respostas combinaram com a visão teológica da igreja de São Pedro”.

Críticas

A experiência gerou impactos positivos e negativos nos visitantes. Alguns fiéis afirmaram que as respostas foram genéricas, enquanto outros questionaram se o projeto não era um truque.

Marco Schmid defende que o projeto é mais um experimento para iniciar um debate sobre o papel da IA na religião, sem substituir o papel humano no cuidado pastoral. O holograma levantou questões éticas sobre os limites da tecnologia no contexto religioso. 

O professor Peter Kirchschläger, especialista em ética, alertou para os riscos de delegar questões de fé a máquinas, argumentando que “na religião, nós, humanos, somos muito superiores às máquinas”, em entrevista ao Daily Mail.

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