quinta-feira, 24 de abril de 2025

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Chantagem com IA contra mulheres é criminalizada em nova lei

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A ONU aponta para aumento de 96% em deepfakes pornográficos.

A principal novidade do Projeto de Lei nº 370/2024, sancionado nesta quinta-feira (24) pelo presidente da Repucblica, é o aumento de até 50% na pena para crimes de violência psicológica contra mulheres cometidos com uso de inteligência artificial (IA) .

A prática que tem se tornado comum também é chamada de deepfakes (vídeos ou áudios falsos) para difamar, ameaçar ou extorquir vítimas.

A medida, de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), visa combater práticas que, segundo a ONU, tiveram aumento de 96% em deepfakes pornográficos e 900% em conteúdos violentos contra mulheres em 2023. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de sanção de projetos de lei.
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de sanção de projetos de lei.

“São agressões que mexem com a dignidade, a reputação e a autoestima. (…) [As deepfakes] geram para elas situações incorrigíveis, muitas vezes, por um longo tempo”, destacou Feghali durante a sanção.

Atualmente, crimes de violência psicológica sem agravantes têm pena de seis meses a dois anos de prisão. Com a mudança, casos que envolvem IA poderão resultar em até três anos de reclusão

Tornozeleira eletrônica e proteção às mães pesquisadoras

Outro projeto sancionado, o PL nº 5.427/2023, determina o uso de tornozeleiras eletrônicas para monitorar agressores de mulheres em situação de medidas protetivas.

O dispositivo alerta a vítima e a polícia caso o autor da violência se aproxime.

Já o PL nº 475/2024 proíbe critérios discriminatórios contra mães em processos de seleção para bolsas de estudo e pesquisa.

Instituições não poderão questionar sobre gestação, parto ou adoção durante entrevistas.

A deputada Erika Hilton (PSOL), autora da proposta, citou estudos que mostram a dificuldade de mulheres com filhos em acessar bolsas: “Nós entendemos que era preciso uma política, uma lei, que garantisse que a gestação não fosse usada como uma punição para dificultar a permanência, mas quando não a permanência, dificultar o acesso dessas mulheres na vida acadêmica”.   

tecnologia.ig.com.br

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