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Pedro Lima, presidente da entidade, afirma que medida vem reparar erros de reajustes anteriores e traz benefício para toda a classe trabalhadora, sobretudo para os comerciários que residem nos bairros e usam o transporte coletivo todos os dias

Presidente do Sindicato dos Comerciários, Pedro Lima aplaude medida tomada pela Prefeitura de Dourados. Divulgação/Assecom

A redução da tarifa do transporte coletivo contempla, em sua maioria, a classe trabalhadora, em especial os empregados no comércio local, que são os que mais utilizam o ônibus circular para se dirigir ao trabalho ou retornar às suas casas. Para o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados (Secod), Pedro Lima, a redução no preço da tarifa “está vindo um boa hora”.

Começou vigorar neste domingo (1) a redução no valor da tarifa de R$ 3,25 para R$ 3,00 no transporte urbano e de R$ 1,65 para R$ 1,00 para o transporte de estudantes. “Vejo que o município e o novo prefeito, nesse momento, estão agindo de uma forma bem mais tranquila e estão, de certa forma, contribuindo para que a classe de trabalhadores, em especial os comerciários que usam bastante o transporte coletivo, possa estar utilizando desse serviço”, opina.

Pedro Lima observa que a maioria dos trabalhadores que usa o transporte coletivo, que trabalha no comércio ou em outros setores, tem o vale-transporte e “então, tem ali o desconto dos 6% do seu salário, isso, claro, que vai se transformar em redução e vai contribuir com a renda do trabalhador”.

Ele acrescenta ainda que além dos trabalhadores, a própria população que utiliza o transporte coletivo vê com “bons olhos” essa redução, “pois ela vem reparar erros de reajustes anteriores, que eu acho que não poderiam ter chegado a esse ponto. Enfim, acho que ele vem numa boa hora e a gente só tem que elogiar a atitude do poder executivo municipal nesse momento que está trazendo um benefício para a população de Dourados, em especial para a classe de trabalhadora”.

O dirigente do Sindicato dos Comerciários pondera também que o trabalhador merece esse cuidado da gestão pública municipal. “Nesse momento, ele está sendo olhado, visto com os olhos diferentes, porque, querendo ou não, é o trabalhador quem faz com que a empresa produz, e a empresa produzindo, ela vai gerar riqueza, ela vai trazer impostos para o município, para o estado, para o país, mas tudo passa efetivamente pela mão da classe trabalhadora, do operariado”, pontua.

Lima vai além e defende uma política que amplie benefícios para os trabalhadores “porque a gente já tem uma carga muito pesada”. Ele cita, por exemplo, a jornada 6×1, que, inclusive, tem projeto tramitando no Congresso Nacional para reduzir a jornada semanal para todas as categorias de trabalhadores. “É uma luta constante. A gente briga para que isso possa ser modificado”, explica.

Cita como exemplo o servidor público, que tem jornada de 5×2. “Por que a gente também não está sendo incluído nisso aí, dando um pouco de contribuição e um pouco de folga para a classe trabalhadora, para ter um dia de lazer, pelo menos, porque, na verdade, um dia que nós temos na semana, a grande maioria tira para cuidar dos seus afazeres em casa. E quando trabalha esposo, esposa, filha, juntos, não há esse descanso”, menciona. Por fim o dirigente dos comerciários sugere que prefeitos, vereadores, deputados estaduais façam gestão junto aos senadores, aos deputados federais, para que possa ter “um olhar a mais, um olhar diferente para essa classe tão sofrida e que traz tanto benefício para o nosso Brasil”.