Com suas sete colinas e o poético sobe e desce em tons pastel, Lisboa tem inúmeros “miradouros” (mirantes) que são verdadeiras atrações turísticas – mas já pensou ter um para chamar de seu e poder dormir e acordar com a cidade sempre a seus pés?
Estrategicamente localizado numa região tranquila e pouco turística da capital, ao lado dos Jardins do Torel, o Torel Palace Lisboa é desses oásis que passam despercebidos aos olhares menos atentos. Até que se cruzam os discretos portões de ferro e… UAU. Lisboa escorrega colina abaixo até encontrar as águas do Tejo lá embaixo, num visual arrebatador.
Tirando o máximo partido da sua vocação para miradouro, o Torel caprichou nos “camarotes”: as piscinas (duas!) são cercadas por simpáticas espreguiçadeiras e day beds, o restaurante tem mesinhas tipicamente francesas no pátio e um avarandado faz as vezes de bar (aberto também a não hóspedes).
A maioria dos quartos também emoldura Lisboa – seja da janela, seja das pequenas varandas. Recentemente, um novo edifício boutique juntou-se ao conjunto de predinhos coloridos que abrigam o hotel: recheada de afrescos, a Casa do Lavra, um palacete de finais do século 19, trouxe 10 novos quartos e suítes que são uma elegante viagem no tempo.
Os dias quentes no Torel podem ser deliciosamente preguiçosos à beira da piscina ou na companhia de um livro no jardim. Ao anoitecer, um drink pode abrir os trabalhos em poltronas de couro sob um trabalhado teto talhado de madeira no bar de inspiração inglesa. E a decisão mais difícil pode ser escolher entre os pratos elaborados do 2Monkeys, uma experiência premiada com uma estrela Michelin com apenas 14 lugares, ou as delícias de sotaque tipicamente português do Black Pavillion – a nossa opção.
Todo de vidro, o Black Pavillion tem ares de estufa para aproveitar o que, a esta altura, já estamos cansados de saber: a vista. Para começar, as vieiras com presunto cru alentejano ou o ovo cozido a baixa temperatura com farinheira e cogumelos são ótimas pedidas, seguidas pelo arroz cremoso de peixe e camarões ou pelo bacalhau. Em todos os casos, difícil não escolher o brioche servido numa panelinha com baunilha, o grand finale.
A quem interessar possa: o hotel acaba de inaugurar seu spa, com interessantes rituais de hammam. E, para quem não sofre de vertigem, como eu, a torre do novo edifício é imperdível – quando foi construída, no final do século 19, ela era a mais alta de Lisboa!
ANOTE AÍ: as diárias do Torel Palace Lisboa custam desde € 276. Reserve aqui.
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