A GWM abrirá sua fábrica no Brasil ainda no 2º semestre de 2024
, mas enquanto a planta localizada em Iracemápolis, interior de São Paulo, não inicia seus trabalhos, a produção de modelos que já conquistaram espaço por aqui segue a todo vapor na China.
A reportagem do Canaltech
foi convidado pela GWM para conhecer de perto as instalações de onde saem o Haval H6
, o Ora 03
e outros modelos que, em breve, também darão as caras por aqui
, como o Wey 05
e a picape Poher
.
A gigantesca planta, que por lá é conhecida como GWM Xushui Manufacturing Base, fica localizada próxima a Baoding. Ela conta com uma área total de 13.000 metros quadrados e precisou de um investimento de 30 bilhões de yuans para ser totalmente construída — cerca de R$ 21,3 bilhões.
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Além das linhas de montagem, o complexo conta com uma enorme pista de teste (que também conhecemos ao acelerar os SUVs da Tank
) e outras divisões, como os laboratórios de bateria e hidrogênio. Confira a seguir como é a fábrica da GWM na China.
Como foi a visita à fábrica da GWM?
A visita monitorada foi bem diferente das que tivemos oportunidade de fazer no Brasil anteriormente, tanto na fábrica da Toyota
quanto no Metaverso Renault
, além da unidade de produção de pneus da Pirelli
.
Antes de entrar nas dependências da fábrica, a reportagem do Canaltech
teve de passar por uma câmera de descontaminação. A pequena sala, do tamanho de um elevador, fica selada por aproximadamente 30 segundos, tempo em que jatos de ar atingem a todos em todas as direções. A sensação é estranha, mas divertida.
Após a devida “descontaminação”, o Canaltech
foi colocado em um carrinho, como os que existem em parques de diversões, para, enfim, iniciar o “passeio” em meio às linhas de montagem da fábrica da GWM.
A primeira — e mais nítida impressão — é a de que praticamente não há pessoas trabalhando no complexo, e a “revolução das máquinas”, ao menos lá dentro, deixou de ser obra de ficção científica e se tornou realidade.
No material oficial distribuído pela GWM, a montadora confirmou a percepção da reportagem. Segundo a marca, a operação atingiu “100% de sua capacidade” automatizada, com cerca de 600 robôs participando de todos os processos da construção de um carro.
A GWM informou que o tempo médio para um carro ser montado por completo e sair da linha é de 52 segundos, e que são produzidos cerca de 1 milhão de veículos por ano no local.
A planta que será inaugurada em Iracemápolis, no interior de São Paulo, deverá herdar boa parte da tecnologia
que vimos na China, mas a capacidade produtiva, ao menos a princípio, deve ser bem menor, na casa de 100 mil carros anuais.
Fábrica de baterias e motores a hidrogênio
O complexo fabril da GWM na China não conta apenas com as linhas de produção, pistas de teste e laboratórios para testes com temperaturas extremas (frio e calor). Há também espaços dedicados às parceiras responsáveis pelas baterias e pelo desenvolvimento de hidrogênio como combustível.
A reportagem do Canaltech
teve a oportunidade de ver de perto as estruturas da SVolt e da FTXT e, apesar de não poder registrar muita coisa em imagens, a pedido da montadora, obteve informações importantes na visita, como a confirmação da data em que o 1º carro a hidrogênio da GWM
será lançado no mercado.
O final da visita às instalações acabou coincidindo com um lindo pôr do sol, que casou perfeitamente com a fila de carros recém-produzidos enfileirados no pátio, a maioria deles do modelo Haval H6
, que em breve estará no Brasil em sua nova geração
, junto a outros lançamentos prometidos pela GWM
para o mercado brasileiro.
Leia a matéria no Canaltech
.
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