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Cérebro de porco é mantido vivo por cinco horas fora do corpo

Nathan Vieira

Cérebro de porco é mantido vivo por cinco horas fora do corpo

Ao manter um cérebro de porco em pleno funcionamento durante cinco horas fora do corpo, a equipe de cientistas do UT Southwestern Medical Center (EUA) conseguiu dar mais um passo rumo ao objetivo de estudar o cérebro
sem a influência de outras funções corporais. Tudo isso foi possível por meio de uma máquina que usa uma bomba artificial para cuidar do suprimento de sangue.

De acordo com as informações descritas na revista científica Scientific Reports
, os pesquisadores cuidaram para que a máquina pudesse ajustar a composição do sangue e o seu fluxo para uma série de variáveis, incluindo pressão arterial, volume, temperatura, oxigenação e nutrientes.

Uma vez que o órgão foi conectado ao dispositivo, os cientistas monitoraram a atividade cerebral. Os relatos apontam pouca ou nenhuma mudança na atividade cerebral e outras medições durante até cinco horas em que o cérebro foi isolado do resto do corpo.


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“Nosso objetivo principal foi preservar a função cerebral para alcançar o isolamento circulatório da maior parte do resto do corpo de forma totalmente controlável. A função cerebral foi medida sob interferência mínima de anestesia”, alega o estudo.

Cérebro fora do corpo

Por que manter o cérebro isolado? Sob o ponto de vista dos próprios especialistas envolvidos, o método abre portas para pesquisas que se concentram no cérebro
independente do corpo. Dessa forma, no futuro, esse tipo de estudo poderia ajudar a responder a questões fisiológicas de uma forma que nunca foi feita.

Os pesquisadores também demonstraram interesse ​​em utilizar esse dispositivo como um sistema de circulação extracorpórea.

Sistema de circulação extracorpórea

Conforme diz o estudo, os dispositivos de circulação extracorpórea reproduzem algumas funções do coração e dos pulmões, fornecendo um fluxo contínuo de sangue oxigenado por todo o corpo.

“Em contraste, o novo dispositivo fornece sangue através de um fluxo pulsante, muito semelhante ao coração humano, uma diferença que pode prevenir efeitos secundários relacionados com o cérebro, por vezes causados por máquinas de circulação extracorpórea”, conclui a pesquisa.

Assim, o cérebro de porco pode pavimentar o caminho para que cientistas consigam desvendar mais sobre esse órgão que ainda tem muito a revelar.

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.

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