sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Voos para o Rio seguem normais mesmo após megaoperação policial

Apesar da maior operação policial dos últimos 15 anos nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, o transporte aéreo para a cidade permanece sem grandes alterações. Consultadas pelo iG Turismo, as companhias Latam e Gol afirmaram que a operação não impactou a programação de voos.

Segundo a Latam Airlines Brasil, passageiros com voos para os aeroportos Galeão e Santos Dumont, entre os dias 28 e 30 de outubro, podem alterar suas passagens sem cobrança de multa, mediante diferença tarifária, ou solicitar reembolso, respeitando as regras da tarifa adquirida, se assim desejarem. As alterações podem ser feitas pelo site da companhia ou por meio da agência emissora.

A Gol confirmou que seus voos no Rio de Janeiro ocorrem normalmente, sem registros de cancelamentos ou atrasos. 

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras informou ao iG Turismo que está apurando a situação antes de se manifestar oficialmente sobre eventuais impactos da operação policial nos voos com destino ou partida do Rio de Janeiro. A companhia ainda não enviou um posicionamento até a última atualização desta reportagem, que será atualizada assim que houver retorno.

A megaoperação, deflagrada na terça-feira (28), mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares e foi considerada a mais letal desde 2008, superando a operação do Jacarezinho, em 2021, quando 28 pessoas foram mortas. Nesta ação, pelo menos 64 pessoas morreram e 75 ficaram feridas. Entre os mortos estão dois policiais civis e dois militares. Mais de 100 pessoas foram presas, incluindo integrantes de uma facção criminosa do Pará, que estavam escondidas na capital fluminense. A operação resultou ainda na apreensão de aproximadamente 70 fuzis, pistolas e granadas.

Bloqueios nas vias e alterações em linhas de ônibus

O impacto na cidade foi significativo. Vias das zonas Norte, Oeste e Sudoeste foram bloqueadas pelo tráfico, com barricadas e incêndios em ruas estratégicas, como a Grajaú-Jacarepaguá, e o lançamento de drones em algumas comunidades. A Rio Ônibus registrou alterações em mais de 120 linhas de transporte coletivo, enquanto o metrô reforçou a operação de suas linhas 1, 2 e 4 para atender à demanda. O Centro de Operações e Resiliência (COR) liberou nove pontos que haviam sido interditados, mas a autoestrada Grajaú-Jacarepaguá ainda permanece fechada em um trecho devido a ocorrências policiais.

A violência e o impacto na rotina da cidade também se refletiram nas escolas e universidades: cerca de 50 instituições suspenderam as aulas, incluindo a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Fluminense.

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