sexta-feira, 12 de setembro de 2025

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Viajar em pé dentro do avião: Mito ou uma possível verdade?

AProjeto de aviã com assento em péGerado por IA

Já imaginou embarcar em um avião e não ter uma poltrona convencional para se sentar, mas sim um assento no estilo de selim, onde você viaja quase em pé? Essa é a proposta do Skyrider, desenvolvido pela empresa italiana Aviointeriors. O modelo prevê que passageiros fiquem inclinados em cerca de 45 graus, apoiados em uma pequena superfície acolchoada, semelhante a um banco de bicicleta.

O objetivo é permitir voos curtos, de até duas horas, com 20% mais passageiros a bordo e passagens até 30% mais baratas. O espaço entre fileiras cairia de 71 cm (na classe econômica tradicional) para cerca de 58 cm, e o peso reduzido dos assentos ajudaria a economizar combustível. Companhias de baixo custo, como a Ryanair, já demonstraram interesse na ideia.

Já vi pela internet vários vídeos super viralizados falando a respeito deste projeto, e uns, inclusive, afirmando que já será uma realidade em um futuro bem próximo… Mas a questão é bem mais complexa do que simplesmente colocar mais gente na cabine, pois a quantidade de passageiros de uma aeronave não depende só do espaço físico, mas também do número de saídas de emergência disponíveis. O Boeing 737-800, usado pela Ryanair, por exemplo, já opera no limite de 189 assentos, número certificado pela norma FAR 25.807, que leva em conta as duas portas principais e três saídas de emergência de cada lado.

Se a capacidade fosse ampliada em 20%, como prevê o projeto, chegando a 227 passageiros, seria obrigatório acrescentar novas portas de evacuação. Isso exigiria cortar toda a fuselagem, redesenhar a estrutura da aeronave e refazer todo o processo de certificação, o que seria um investimento altíssimo, muito maior do que a receita gerada pelos lugares adicionais.

Ou seja, o projeto até pode ser pensado para os aviões do futuro, desenvolvidos do zero com esse conceito. Mas, na prática, adaptar modelos existentes parece inviável. E fica a pergunta: quem realmente aceitaria viajar em pé, mesmo que fosse por um preço mais baixo?

Bem… quando falei sobre esse projeto nas minhas redes sociais, muita gente comentou. Alguns disseram que, se a passagem realmente ficar mais barata e for em voos curtos, não veriam problema. Já outros acharam a ideia um verdadeiro absurdo.

E aí fica a pergunta: será que o preço da passagem cairia o suficiente para compensar tanto desconforto? Ou seria apenas mais uma desculpa para cortar serviços básicos e aumentar o lucro das companhias aéreas? Afinal, foi exatamente isso que vimos acontecer com as malas despachadas, que foram perdendo peso e quantidade até deixarem de estar incluídas na tarifa.

turismo.ig.com.br

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