O conclave para eleger o próximo papa da Igreja Católica começa nesta quarta-feira (7). A reunião secreta conta apenas com a presença de cardeais, que juram segredo absoluto, enquanto o impacto ultrapassa os muros do Vaticano e chega em toda a Itália.
É que enquanto os líderes religiosos estão trancados na Capela Sistina, o movimento do lado de fora é grande. Milhões de fiéis se dirigem à Roma na expectativa da oficialização do resultado.
Desde a morte do papa Francisco, em 21 de abril, o já tradicional turismo religioso da região registrou crescimento. A alta no fluxo de visitantes, já era esperada por conta do Jubileu, Ano Santo de 2025, foi ainda mais impulsionada.
A capital italiana esperava receber mais de 32 milhões de visitantes ao longo do ano. Agora, o número tende a crescer. E assim, o conclave movimenta não só o Vaticano, como também Roma e o restante do país. Afinal, fé e economia andam próximas.
Entre jornalistas de todo o mundo em busca de informações e cristãos fervorosos, o turismo religioso impulsiona o setor hoteleiro, de alimentação e transporte. Há também o impacto indireto: visitantes gastam em outros pontos turísticos, no comércio de rua e em outros serviços e produtos.
Nos dias que sucederam a morte do líder católico, por exemplo, a demanda por voos e hospedagens aumentou, assim como os preços. Cerca de 400 mil pessoas assistiram ao funeral do papa Francisco na região, segundo o ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi.
- Latam registrou aumento de 36% nas passagens vendidas entre São Paulo e Roma na semana da morte;
- A agência de viagens CVC registrou crescimento de 20% nos orçamentos para viagens para Itália;
- O trecho entre São Paulo e Roma, que custava, em média, R$ 5,7 mil, chegou até R$ 11 mil.