sábado, 28 de junho de 2025

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Turismo de aventura: dois brasileiros morrem em acidentes

Dois jovens brasileiros, unidos pela paixão por desafios extremos, tiveram seus sonhos interrompidos em acidentes ocorridos em locais distintos do mundo. Juliana Marins, 26 anos, publicitária e dançarina, e Edson Vandeira, 36, fotógrafo e montanhista experiente, morreram em expedições realizadas na Indonésia e no Peru, respectivamente. Os casos, separados por poucos dias, reacenderam o debate sobre os riscos do turismo de aventura em regiões remotas.

A queda no vulcão Rinjani

Juliana Marins estava em uma viagem pela Ásia quando decidiu enfrentar o vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. Apesar da beleza cênica, o local é conhecido por seu terreno acidentado e alto índice de acidentes. No dia 21 de junho, durante a descida, Juliana escorregou e caiu em um penhasco de aproximadamente 300 metros.

Testemunhas relataram tê-la visto se movimentando horas depois da queda, mas o resgate enfrentou dificuldades. Equipes locais não possuíam cordas suficientemente longas, e as condições climáticas impediram o uso de helicóptero. Após cinco dias de buscas, seu corpo foi encontrado sem vida. O laudo médico indicou que a jovem não resistiu aos ferimentos graves, incluindo fraturas múltiplas e hemorragia interna.

O sesaparecimento no Nevado Artesonraju

Enquanto isso, no Peru, Edson Vandeira, fotógrafo especializado em expedições extremas, desaparecia durante a escalada do Nevado Artesonraju, montanha de mais de 6 mil metros na Cordilheira Blanca. Ele e dois colegas peruanos partiram no dia 29 de maio, mas não retornaram na data prevista.

Luzes foram avistadas no cume na madrugada do dia seguinte, sugerindo que o trio havia alcançado o topo. No entanto, a descida — que exige técnicas avançadas de rapel em paredões de gelo — nunca foi concluída. O corpo de Edson foi encontrado quase um mês depois, em 22 de junho, e sepultado próximo à montanha que tanto admirava.

Alertas para o turismo de aventura

Os dois casos destacam os perigos de expedições em áreas de difícil acesso, onde o socorro pode ser demorado e as condições climáticas imprevisíveis. 

As autoridades de resgate destacam a importância de redobrar os cuidados ao praticar atividades em ambientes naturais, especialmente em condições climáticas desfavoráveis ou em locais pouco conhecidos. Entre as medidas preventivas mais relevantes, estão:

Planejamento prévio: estude detalhadamente o trajeto, incluindo nível de dificuldade, duração estimada e possíveis riscos.

Monitoramento meteorológico: evite iniciar a trilha em dias com previsão de chuva, ventania ou neblina.

Equipamento adequado: utilize roupas resistentes às intempéries e calçados apropriados para terrenos acidentados.

Hidratação e alimentação: leve água em quantidade suficiente e snacks energéticos para manter o pique durante o percurso.

Dispositivos carregados: certifique-se de que celulares e equipamentos de comunicação estejam com bateria suficiente e, se possível, leve um carregador portátil.

Companhia segura: nunca aventurar-se sozinho. Avise sempre alguém sobre o itinerário e o horário previsto de retorno.

Respeito à sinalização: mantenha-se nas vias oficiais, evitando desvios ou caminhos não mapeados.

Procedimento em emergências: caso ocorra algum imprevisto, mantenha a calma, permaneça no local e acione imediatamente o serviço de emergência (193).

turismo.ig.com.br

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