San Andrés, uma pequena ilha colombiana cercada pelo mar de sete cores, encanta à primeira vista, mas nem tudo por lá é tão simples quanto parece. Antes de embarcar para esse destino, é importante conhecer alguns detalhes que podem evitar perrengues e garantir uma viagem tranquila.
1. É obrigatória a taxa de turismo
Todos os visitantes precisam pagar uma taxa de entrada ao desembarcar na ilha. O valor gira em torno de US$ 35 e deve ser quitado ainda no aeroporto de embarque para San Andrés, geralmente em Cartagena ou Bogotá. Guarde o comprovante, pois ele será solicitado na chegada.
2. Atenção ao tipo de tarifa aérea e aos limites de bagagem
Os voos internos entre o continente e San Andrés, operados por companhias como Avianca, Latam e Wingo, costumam ter limites de bagagem menores do que os voos internacionais. A mala despachada normalmente é de 20 kg, e a bagagem de mão não pode ultrapassar 10 kg. Por isso, é importante verificar qual tipo de tarifa você está comprando, pois algumas não incluem bagagem despachada e às vezes nem bagagem de mão, por isso, confira com atenção o que está incluso no bilhete para evitar custos extras no aeroporto.
3. Transporte limitado: escolha bem a localização do hotel
O transporte público em San Andrés é escasso e há poucos táxis. A dica é reservar um hotel ou pousada próximo à praia e também ao aeroporto, o que pode evitar a necessidade de transporte durante toda a estadia.
Eu mesmo sempre fico em hospedagens que ficam a cerca de cinco minutos a pé do aeroporto, e isso facilita demais. Assim, dá pra ir e voltar caminhando, aproveitar o centrinho e o mar sem depender de táxi ou carrinho.
4. A ilha sofre com superlotação e infraestrutura precária
Apesar da beleza natural, San Andrés enfrenta problemas de infraestrutura. Em alta temporada (como dezembro, janeiro, julho e feriados) as praias e restaurantes ficam cheios, e o atendimento costuma ser mais demorado.
5. Providencia é diferente, e vale a pena incluir
A vizinha Ilha de Providencia é bem mais preservada e tranquila, mas o acesso é restrito. É preciso voar até lá em um pequeno avião ou pegar um barco (que costuma balançar bastante). O esforço vale a pena: o mar é ainda mais azul e a experiência, mais autêntica.
6. A melhor época para ir é entre dezembro e maio
Nesse período, as chuvas diminuem e o mar fica mais cristalino. Entre junho e novembro, há maior chance de chuvas e até furacões ocasionais na região.
7. Leve dinheiro em espécie
Nem todos os estabelecimentos aceitam cartão internacional. Leve pesos colombianos ou dólares (que são amplamente aceitos). Evite depender apenas do cartão, pois os terminais costumam apresentar falhas.
8. Cuidado com hospedagens muito baratas
Em San Andrés há muitos hotéis e pousadas que não correspondem às fotos divulgadas na internet. Além disso, muitos não oferecem café da manhã e nem chuveiro com água quente, algo que pode fazer falta, especialmente à noite. Se você, assim como eu, gosta de hospedagens confortáveis, com café incluído e boas avaliações, evite as opções baratinhas demais. Lá não é o tipo de destino para “arriscar na sorte” com hotel.
9. O que realmente vale a pena fazer
Além das praias principais, como Spratt Bight e Johnny Cay, explore El Acuario e La Piscinita, onde é possível nadar entre peixes em águas rasas e transparentes. Também vale dar a volta completa na ilha parando nos mirantes e nas praias menores.
10. E por falar em passeios, deixe para reservá-los durante a viagem
Não há necessidade de reservar nada com antecedência (muito menos fazer pagamento antecipado) porque viagens de praia acabam tendo muitos contratempos por conta do clima, chuva e maré. Deixe para contratar os passeios durante a viagem, diretamente no seu hotel ou nas agências locais, que costumam ficar dentro dos próprios hotéis. Assim, você pode decidir de acordo com o tempo e a sua disposição. A própria ilha de San Andrés já é um grande passeio. Aproveite para curtir a praia, caminhar, relaxar e se quiser fazer algum tour, compre no dia anterior. É o melhor jeito de evitar frustrações e aproveitar o destino de forma leve.
San Andrés continua sendo um destino lindo e acessível, mas requer planejamento e atenção aos detalhes. Com as expectativas certas, dá pra aproveitar o melhor do Caribe colombiano sem cair em armadilhas.








