segunda-feira, 12 de maio de 2025

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Trilha no interior de SP é opção para quem procura aventura

Trilha da Cachoeira da Torre possuí extensão de 274 hectaresRaphaela Cunha

São Bernardo do Campo abriga um tesouro ecológico para quem busca por uma atividade ao ar livre que foge do convencional. Localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, na região entre o ABC e a Baixada Santista, o roteiro aventura, formado pela Trilha da Cachoeira da Torre possuí extensão de 274 hectares e também oferece atividades recreativas e ecoturismo no trecho de serra que compõe a Estrada Velha de Santos.

Para quem curte uma atividade fora do comum, essa atividade é uma opção. O trajeto tem aproximadamente 9km e pode ser concluído em até 6h (ida e volta). A convite da Parquetour, o iG Turismo embarcou nessa aventura.

O nível da trilha é considerado moderado/difícil e abriga alguns desafios durante todo o circuito, com subidas e descidas de morros circundados por diversas espécies de fauna e flora da Mata Atlântica e coroados por uma vista incrível da baixada santista. Para o passeio, vale ressaltar a importância de optar por um calçado confortável e que dê firmeza aos pés.

Trilha da Cachoeira da TorreRaphaela Cunha

Início da aventura

O grupo foi acompanhado pela guia Marcela Meira, que, antes do início do percurso, antecipou detalhes do que enfrentaríamos e também falou sobre patrimônio ambiental protegido pelo parque. 

A trilha, inicialmente, é tranquila e com obstáculos que qualquer pessoa habituada à atividade consegue enfrentar – o que não era exatamente o meu caso. Se você se identifica, recomendo levar um cajado para se sentir mais segura (o) durante a longa caminhada. Vale lembrar que o local oferece opção de aluguel por R$15.

Apesar de parecer simples, o caminho apresenta muitos obstáculos, como trechos de solo arenoso e áreas com lama, que muitas vezes formam verdadeiras poças d’água. É preciso atenção a cada passo, pois o terreno passa de firme a escorregadio em questão de segundos.

A natureza é sempre a protagonista

Em determinado ponto, os obstáculos se tornam cada vez mais desafiadores, exigindo mais preparo físico. A respiração se intensifica, e cada passo passa ser cuidadosamente calculado diante das dificuldades do caminho.

Em alguns trechos, o solo é úmida e escorregadio – escorreguei duas vezes. Nesses momentos, ajuda nunca faltou.  Entre subidas íngremes e descidas desafiadoras, o caminho ia se fazendo passo a passo. Muitas vezes, literalmente pois precisávamos nos segurar em galhos, cordas e até mesmo abrir o próprio caminho com as mãos.

Um detalhes ainda não mencionei: invista em protetor solar, boné, repelente e em uma blusa de manga cumprida. Apesar de não sentirmos de imediato, o mormaço queima – o clima é bem húmido e quente.

Foi muito pé atolado, frio na barriga, subidas e decidas tão íngremes a ponto de achar que não iria conseguir. Por não estar preparada fisicamente para esse tipo de atividade, percorri em um ritmo mais lento que o grupo e me peguei ofegante.

A recompensa

Os desafios foram mais intensos que havia imaginado, no entanto, fui recompensada! Além de conseguir apreciar a vista da Baixada Santista durante o caminho, a vista da cachoeira é de tirar o fôlego!

A queda d’água tem uma borda infinita e a água é muito fria. Confesso que não entrei. Para apreciar um banho em suas águas é preciso passar por um caminho cheio de pedras bem irregulares. Mas a vista compensa todo o esforço feito.

Cachoeira da Trilha da Cachoeira da TorreRaphaela Cunha

turismo.ig.com.br

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