O prefeito de Aparecida (SP) , Zé Louquinho (PL), publicou um vídeo nas redes sociais falando do trânsito na Dutra e nas ruas da cidade, e reclamando fortemente da concessionária que administra a rodovia e também a direção do Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Segundo ele, a falta de ação dos citados prejudica a vida de quem visita a cidade, que fica no interior do estado.

O prefeito também pediu que os vereadores aprovem a taxa ambiental, que deverá ser cobrada dos turistas. Zé Louquinho afirma que a cidade está sem recurso, e a medida ajudaria a desenvolver trabalhos para minimizar os transtornos causados pelo tráfego intenso de veiculos. 

Dutra parada

Logo no início da gravação, o prefeito diz que a Dutra estava parada na altura da cidade de Pindamonhangaba, na mesma região, a quase 30km de Aparecida.

“Precisa, na minha opinião, mudar o sistema do Santuário Nacional (de Aparecida). Ao invés de pagar na entrada, paga na saída. Ou então, um sistema que a pessoa passa e depois paga. Não sei. Inclusive existe até uma movimentação na justiça federal para ver a melhor possibilidade de se fazer isso, de melhorar o recebimento do povo aqui no santuário nacional. Precisamos de investimento também através da prefeitura: claro que precisa também! Não se faz investimento. Aparecida precisa ter um bolsão de estacionamento. Aparecida precisa ter uma avenida marginal que circula a cidade. Mas precisa ter receita. Na verdade, todos têm receita, menos a prefeitura. O cidadão de Aparecida é que paga a conta. E é o que está sendo prejudicado. Por exemplo: o cidadão de Itaguaçu e São Sebastião não consegue ir para o centro da cidade e vice-versa. O pessoal da Vila Mariana e de São Roque fica incomunicado. Isso é uma loucura gente, o que está acontecendo! Precisa de mudar a logística do santuário. Todo mundo sabe disso, mas ninguém toma uma providência.”

Na declaração, o prefeito afirmou que, para melhorar o trânsito nas entradas da cidade é necessário investimento em logística, mas que os cofres públicos não possuem recurso para tal.

Zé Louquinho (PL) deu a entender que a verba viria da cobrança da Taxa Ambiental, que foi enviada para a Câmara de Vereadores, mas ainda não foi aprovada.

Entenda:  Depois de Campos do Jordão, Aparecida quer taxar turistas

“Precisa de investimento na Dutra. Mais uma ou duas faixas na Dutra no sentido de Taubaté. Eu estou com o projeto da Taxa ambiental na Câmara. Nem avaliado, está sendo. Nem questionado. Eu queria implementar uma taxa para atender bem ao turista, para melhor atendimento do turista. Isso que está acontecendo agora espanta o turista da cidade.

De acordo com o prefeito, não há guarda de trânsito suficiente para dar conta do tráfego. 

O Portal iG Turismo pediu explicações aos órgãos citados pelo prefeito Zé Louquinho (PL). O presidente da Câmara Municipal, Juninho Porto Seco (Podemos) disse para a reportagem que a lei das taxas está em comissões, mas que uma lei emergencial deverá obrigar que estacionamento particulares cobrem dos motoristas na saída. Ele também pediu que a prefeitura converse com o Santuário para um trabalho conjunto.

“O prefeito precisa provocar (o Santuário) para resolver. O prefeito tem autonomia para chegar ao Santuário (e conversar sobre o problema)”.

O Portal IG Turismo  aguarda resposta do Santuário Nacional e da concessionária que administra a Dutra.