Conhecidas por suas acrobacias, as baleias-jubarte estão cada vez mais presentes no litoral norte de São Paulo, especialmente no canal de Ilhabela. Após quase desaparecerem nas décadas passadas devido à caça predatória, esses gigantes dos mares hoje são um espetáculo à parte para turistas e pesquisadores.
Protegidas por lei desde 1986, as jubartes se concentravam principalmente em Abrolhos, na Bahia, seu principal berçário. Hoje, porém, sua população – estimada em 30 mil indivíduos – já se espalha por outras regiões, incluindo o litoral paulista. Só neste ano, mais de mil devem passar pela costa do estado, com pico entre junho e julho.
Cuidados para uma convivência segura
Preocupados com a interação entre humanos e esses animais, ambientalistas locais criaram um guia de avistagem em parceria com projetos como o Great Whale Conservancy, Baleia à Vista e o Terminal Marítimo Almirante Cardoso. O material orienta capitães de embarcações a reduzirem a velocidade no canal de Ilhabela, próximo ao Porto de São Sebastião, onde navios de grande porte circulam.
As regras também valem para o turismo. Embarcações devem manter distância mínima de 100 metros, deixar o motor em neutro e só retomar o trajeto quando o animal estiver suficientemente afastado.
Temporada atrai turistas e gera renda
A temporada de avistagem movimenta o turismo na região. Passeios, que duram de três a seis horas, custam entre R$ 350 a R$ 450 por pessoa e incluem palestras sobre conservação marinha. Operadoras cadastradas – seis em São Sebastião e cinco em Ilhabela – seguem normas rígidas, como limite de 30 minutos de observação por grupo e proibição de mergulho.
Oficinas orientam conduta responsável
Para difundir as boas práticas, o Projeto Baleia Jubarte promove oficinas em Ilhabela. Interessados podem obter informações no perfil @projetobaleiajubarte no Instagram.