A partir desta quarta-feira (1º), os Estados Unidos enfrentam uma paralisação parcial do governo federal, após o Congresso não conseguir aprovar o orçamento anual. A medida, conhecida como “shutdown”, suspende temporariamente atividades consideradas não essenciais e coloca milhares de servidores públicos em licença não remunerada.
Entre os serviços afetados estão parques nacionais, museus e zoológicos federais. Ícones turísticos, como a Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, poderão ter visitas suspensas ou restritas caso a paralisação se prolongue.
No setor aéreo, o impacto também é significativo. A Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que cerca de 11 mil funcionários serão afastados, enquanto 13 mil controladores de voo precisarão continuar trabalhando sem receber salário. A experiência do shutdown de 2019 mostra que atrasos em voos e filas nos aeroportos podem se intensificar em momentos de paralisação prolongada.
Serviços essenciais continuam funcionando
Apesar da paralisação, áreas ligadas à segurança e à saúde permanecem ativas. Agentes do FBI, militares e patrulhas de fronteira seguirão em operação, assim como hospitais em regime crítico e o Serviço Postal, que não depende de aprovação orçamentária anual. Pagamentos de aposentadorias, benefícios de invalidez e programas de saúde também continuarão sendo feitos.
No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada, enquanto cerca de 2 milhões de militares manterão suas funções normalmente. Contratos firmados antes da paralisação seguem válidos, garantindo suprimentos e operações essenciais à segurança nacional.
Impasse político
O impasse no Congresso envolve disputas entre republicanos e democratas sobre programas de saúde. Os democratas exigem a renovação de benefícios que estão prestes a expirar, enquanto os republicanos defendem que saúde e orçamento sejam tratados separadamente. A paralisação atual é a 15ª desde 1981 e, se se prolongar, pode gerar impactos econômicos significativos, como atrasos na divulgação de dados e prejuízos para pequenas empresas que dependem de contratos federais.
O último shutdown mais longo ocorreu entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, durando 35 dias e provocando prejuízos bilionários à economia americana.
Impacto sobre turistas
Quem planeja visitar os Estados Unidos deve ficar atento a possíveis mudanças. Museus, parques e monumentos históricos podem fechar ou reduzir serviços, e aeroportos podem enfrentar atrasos significativos caso o número de funcionários essenciais seja insuficiente. A situação afeta não apenas visitantes estrangeiros, mas também o fluxo interno de passageiros e operações de transporte.
O encerramento do shutdown depende da aprovação de um novo orçamento ou de uma medida temporária pelo Congresso, sancionada pelo presidente, quando os serviços suspensos voltarão gradualmente à normalidade.