O Rio de Janeiro foi reconhecido como o principal destino brasileiro de Afroturismo, durante a cerimônia da 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14), em São Paulo.
A premiação aconteceu dentro da programação da WTM Latin America, um dos maiores eventos internacionais voltados ao turismo na América Latina.
A conquista reforça a importância do Rio na preservação e valorização da herança africana, presente em sua cultura, gastronomia e história. A capital fluminense se destacou por iniciativas que promovem experiências ligadas à ancestralidade, como os circuitos da Pequena África, na zona portuária, e o tradicional bairro de Madureira, ambos mencionados pelo júri como exemplos de turismo cultural que celebram a identidade negra.
Outro ponto alto da premiação foi o reconhecimento do Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), situado no bairro da Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi eleito a Melhor Atração Turística da categoria, sendo descrito pelos avaliadores como um “local de resistência ”, voltado à valorização da cultura afro-brasileira por meio de exposições, rodas de conversa e eventos artísticos.
A plataforma Guia Negro, responsável pela premiação, destacou ainda outras ações relevantes no fortalecimento do setor. São Luís, no Maranhão, foi homenageada pela liderança em investimentos no segmento e recebeu o título de Destaque Guia Negro.
A turismóloga Thais Rosa, fundadora da agência Conectando Territórios, foi escolhida como a melhor profissional do ano. Consultora do Ministério do Turismo, ela tem atuação voltada à promoção de roteiros inclusivos.
O avanço do Afroturismo no Brasil também tem ganhado força nas políticas públicas. Uma das iniciativas em destaque é o Programa Rotas Negras, promovido pelo Ministério do Turismo em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outras instituições federais.
O projeto visa impulsionar o turismo com base na ancestralidade africana, fomentando oportunidades de inclusão para as populações negras em contextos urbanos e rurais.
Com foco em práticas sustentáveis e na economia criativa, o programa também investe em ações de capacitação, valorização do território e educação para os visitantes.
Ao estimular o conhecimento e o respeito à história afro-brasileira, o Rotas Negras pretende combater estereótipos e fortalecer a autoestima das comunidades envolvidas.