O conclave elegeu o cardeal  Robert Prevost, de 69 anos, nascido em Chicago (EUA) e naturalizado peruano, como o novo papa. Ele se tornou o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos e também o primeiro com nacionalidade peruana. 

Com uma trajetória marcada por décadas de serviço missionário e liderança na Igreja Católica, Prevost é visto como um moderado e um habilidoso administrador. Ele escolheu o nome de Leão XIV.

Uma vida entre as Américas e o Vaticano

Nascido em 1955, em Chicago, Prevost dedicou grande parte de sua vida à América Latina. Chegou ao Peru como missionário agostiniano em 1985, onde desenvolveu um profundo vínculo pastoral. Em 2014, o Papa Francisco o nomeou administrador apostólico da Diocese de Chiclayo, consolidando sua relação com o país, que lhe concedeu cidadania em 2015.

Sua experiência global – dividida entre os EUA, Europa e América Latina – aliada a seu domínio do direito canônico, faz dele uma figura capaz de dialogar tanto com setores progressistas quanto com os mais tradicionais da Igreja.

Um líder pastoral e conciliador

Prevost é frequentemente descrito como um “construtor de pontes”, capaz de mediar tensões dentro da Cúria Romana. Como chefe do Dicastério para os Bispos, teve papel fundamental na indicação de líderes eclesiásticos, ganhando a confiança de Francisco.

Os desafios do pontificado

Prevost herda uma Igreja em transformação, marcada por debates sobre reforma administrativa, inclusão e justiça social. Sua postura moderada e sua experiência em governança eclesiástica podem ser decisivas para unir setores divididos.