quarta-feira, 25 de junho de 2025

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Os 5 países com mais vulcões ativos e o passado do Brasil

Quando pensamos em vulcões, é comum que imagens do Monte Fuji  no Japão ou das lavas incandescentes venham à mente. No entanto, por trás dessas montanhas que expelem fogo e cinzas, há dados que ajudam a entender onde o planeta pulsa com mais intensidade sob os pés da humanidade. Segundo o Programa de Vulcanismo Global (GVP) do Smithsonian Institution, pelo menos cinco países concentram o maior número de vulcões que entraram em erupção nos últimos 12 mil anos — o período geológico conhecido como Holoceno.

Os cinco países com mais vulcões ativos do Holoceno

1. Estados Unidos — 165 vulcões

O país mais afetado por atividade vulcânica recente é também um dos mais preparados para monitorá-la. Entre os 165 vulcões registrados, 63 estiveram ativos desde 1800. O Kilauea, no Havaí, é um dos mais ativos do planeta, enquanto o Monte Santa Helena, no Estado de Washington, é lembrado por sua erupção devastadora em 1980.

2. Japão — 120 vulcões

Com território montanhoso e intensamente sísmico, o Japão abriga 66 vulcões ainda considerados ativos, como o Sakurajima e o Monte Ontake. O Monte Fuji, símbolo nacional, é monitorado constantemente por risco de erupção.

3. Indonésia — 108 vulcões

País com maior número de vulcões em atividade simultânea nos últimos anos, a Indonésia vive sob constante alerta. Em agosto de 2024, seis vulcões estavam em erupção no arquipélago. O Monte Merapi e o Sinabung são exemplos da força geológica que molda o país, onde ocorreu a histórica erupção do Tambora, em 1815.

4. Rússia — 115 vulcões

Na longínqua Península de Kamtchatka, a Rússia concentra a maioria de seus vulcões ativos. O Shiveluch e o Plosky Tolbachik são alguns dos mais notórios, com erupções registradas no século XXI.

5. Chile — 91 vulcões

Único sul-americano na lista, o Chile se destaca pela posição estratégica no Anel de Fogo do Pacífico. Vulcões como Villarica, Copahue e Láscar registram atividades constantes, sendo monitorados de perto pelas autoridades. O país é o mais ativo da América do Sul no quesito vulcanismo.

E o Brasil? Um passado vulcânico sob nossos pés

Embora o Brasil não figure entre os países com vulcões ativos, isso não significa que esteja livre de histórias vulcânicas. Pelo contrário: o território nacional guarda as cicatrizes de um passado geológico marcado por intensas erupções.

Há cerca de 131 milhões de anos, durante o período Cretáceo, o processo de separação entre os continentes africano e sul-americano deu origem ao maior episódio de vulcanismo da história brasileira. A região conhecida como Serra Geral, que abrange estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, foi palco de sucessivas erupções de lava basáltica que moldaram o relevo e enriqueceram o solo, hoje conhecido como terra roxa.

Atualmente, não há vulcões ativos nem adormecidos no território continental brasileiro. Os antigos sistemas vulcânicos estão totalmente extintos, sem câmaras magmáticas ativas sob o subsolo.

Vestígios ainda visíveis

Embora extintos, os vestígios desses vulcões estão por toda parte. O Pico do Cabugi, no Rio Grande do Norte, e o vulcão Paredão, na Ilha da Trindade (ES), são exemplos de estruturas que resistiram ao tempo. Em Fernando de Noronha, o próprio arquipélago é resultado de antigas atividades vulcânicas submarinas.

Há também casos em que fenômenos naturais confundem moradores. Em áreas como o interior de São Paulo, há relatos de fumaça saindo do chão, frequentemente associada a erupções. Na verdade, trata-se da queima de matéria orgânica acumulada em solos ricos.

Mais do que fogo e cinzas

Além do fascínio popular, os vulcões representam riscos concretos para populações inteiras — mas também oportunidades. Em outras regiões do mundo, a atividade vulcânica impulsiona a geração de energia geotérmica. O Brasil, apesar de não possuir sistemas ativos, já mapeou potenciais reservatórios de calor subterrâneo em regiões como o Vale do Ribeira (SP) e a Bacia do Paraná.

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