segunda-feira, 13 de outubro de 2025

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Os 10 erros mais comuns de quem viaja para Machu Picchu

Machu Picchu é, sem dúvida, o sonho de muitos viajantes. Mas é uma viagem que exige planejamento do início ao fim. Eu, que levo grupos para lá há mais de 14 anos, sempre percebo pessoas, que viajam de forma autônoma, cometendo erros enormes durante o trajeto. Por isso, separei aqui os principais deslizes que você não pode cometer de jeito nenhum ao visitar esse destino que é uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

1. Ignorar os efeitos da altitude:
A cidade de Cusco, principal porta de entrada para Machu Picchu, está a mais de 3.300 metros acima do nível do mar, e isso pode causar o chamado “mal da altitude”, com dor de cabeça, enjoo e falta de ar. Reserve pelo menos dois dias em Cusco antes de subir para Águas Calientes, beba bastante água e evite exageros na comida e na bebida logo na chegada.

2. Não comprar os ingressos com antecedência:
O número de visitantes diários é limitado, e os bilhetes para Machu Picchu, costumam se esgotar com semanas de antecedência. Por isso, é fundamental comprar os ingressos oficiais online antes de viajar e garantir o trem e o ônibus até o parque no mesmo planejamento.

3. Levar malas grandes e pesadas:
Os trens que ligam Cusco a Águas Calientes permitem apenas malas pequenas, com peso máximo de cerca de 5 kg. O ideal é deixar a mala grande no hotel em Cusco e seguir com uma mochila leve para as noites em Machu Picchu Pueblo . Isso facilita muito os deslocamentos e evita transtornos com excesso de peso.

4. Tentar fazer um bate e volta no mesmo dia:
Um erro clássico é tentar conhecer Machu Picchu em um único dia. O povoado de Águas Calientes (conhecido como  Machu Picchu Pueblo) é um ponto estratégico para se hospedar por pelo menos uma noite, já que ele fica no “pé” da montanha, de onde saem os ônibus que sobem até o sítio arqueológico. Além de facilitar a logística, dormir ali permite subir cedo e aproveitar o parque com mais tranquilidade.

5. Subir tarde para o parque:
Outro erro é não ir o mais cedo possível. Eu sempre costumo sair com meus grupos por volta das 6h, ou no máximo 6h30 da manhã, após o café, para pegar o parque com o sol mais ameno e menos movimento. Assim, por volta do almoço ainda sobra tempo para comer em Águas Calientes, passear um pouco pelo povoado e pegar o trem de volta no fim da tarde.

6. Visitar sem guia local:
Essa é uma daquelas viagens em que o acompanhamento de um guia faz toda a diferença. Entender a história inca, a simbologia das construções e o contexto do império que ergueu aquela cidade sagrada transforma completamente a experiência. Ir sem essa compreensão é o mesmo não ir.

7. Levar todo o dinheiro em cartões:
Outro deslize comum é levar todo o dinheiro em cartões internacionais, como o Wise. É importante separar metade do orçamento em espécie, em real, para fazer o câmbio já no Peru. Muitos estabelecimentos, especialmente feirinhas e artesanatos, não aceitam cartão, e ter dinheiro trocado em mãos faz toda a diferença.

8. Fazer os passeios da Laguna Humantay ou da Montanha Colorida logo nos primeiros dias:
Esses dois passeios estão entre os mais altos da região: a Laguna Humantay fica a cerca de 4.200 metros de altitude, e a Montanha Colorida (Vinicunca) chega a impressionantes 5.200 metros. Fazer essas trilhas logo no início da viagem, quando o corpo ainda não está aclimatado, é um erro que pode custar caro. O ideal é deixá-las para o final da viagem, quando você já estiver acostumado à altitude de Cusco e com mais preparo físico para encarar o desafio.

9️⃣ Fazer um roteiro muito rápido:
Outro erro comum é tentar fazer uma viagem apressada, de apenas três dias, achando que isso será suficiente. Machu Picchu é um destino que precisa ser vivido com calma. Para uma experiência completa, o ideal é montar um roteiro de pelo menos cinco dias, incluindo hospedagens em Cusco tanto na chegada quanto na saída, além de um passeio histórico pela cidade e pelo Vale Sagrado dos Incas. Conhecer o povoado de Ollantaytambo e as demais paradas do vale faz parte da jornada. Afinal, a viagem a Machu Picchu não é apenas sobre as ruínas, é sobre todo o caminho até chegar lá.

10. Escolher o período errado para viajar:
Evite o período das férias de janeiro e do Carnaval, quando as chuvas são intensas e há risco real de o parque fechar. O melhor período para visitar é durante a seca, de abril a outubro, com destaque para junho, julho e agosto, quando o céu costuma estar limpo e as trilhas em perfeitas condições.

Machu Picchu é uma viagem que exige muito planejamento e atenção aos detalhes, desde a compra dos ingressos até a escolha do período ideal. Quem se organiza com antecedência viaja com mais tranquilidade e vive uma das experiências mais transformadoras da vida.

turismo.ig.com.br

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