sábado, 6 de dezembro de 2025

Lençóis Maranhenses: quando ir, onde se hospedar e muito mais!

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, localizado no nordeste do Maranhão, é um dos destinos mais deslumbrantes e únicos do Brasil. Porém, existe uma temporada certa para ir e locais específicos para se hospedar, se a ideia for ter uma experiência realmente inesquecível.

Eu, que trabalho com viagens há mais de 20 anos, percebo que muita gente comete o mesmo erro: programar a viagem para o período das férias de janeiro. E é justamente aí que mora o problema. Janeiro é um dos piores meses para visitar os Lençóis Maranhenses, e neste texto, eu vou te explicar o motivo.Os Lençóis Maranhenses mudam completamente de aparência ao longo do ano. As paisagens das lagoas, que são o grande atrativo da região, dependem diretamente do regime de chuvas. A temporada chuvosa vai de janeiro a maio, quando as lagoas começam a se formar. Já o melhor período para visitar é de junho a agosto, quando o sol predomina e as lagoas estão cheias, cristalinas e com aquele visual de cartão-postal que todo mundo sonha em ver.Em setembro, as lagoas começam a secar, mas ainda é possível encontrar algumas cheias. Eu, inclusive, já estive lá em setembro (foi a primeira vez que visitei o parque, em uma viagem de reconhecimento) e vi muitas lagoas secas. Não quer dizer que você não vai ver lagoas, mas os carros precisam te levar para áreas mais afastadas, dunas mais distantes, onde ainda restam lagoas cheias (ou quase cheias).Já de novembro a março, o cenário é bem diferente: o sol intenso e a ausência de chuvas deixam a paisagem mais árida, com poucas lagoas ativas. É um período menos indicado para quem quer ver o visual clássico que tornou os Lençóis Maranhenses mundialmente famosos. Nessa época, a busca por lagoas cheias se torna maior, e a probabilidade de encontrá-las, bem menor.

Onde se hospedar?
O acesso ao parque é feito principalmente por três cidades: Barreirinhas, Santo Amaro e Atins, cada uma oferecendo uma experiência diferente.
Barreirinhas é a porta de entrada mais conhecida. Possui maior estrutura de hospedagem, restaurantes e passeios organizados. É ideal para quem vai pela primeira vez e quer uma logística mais simples.
Santo Amaro é a base preferida de quem busca tranquilidade e quer conhecer lagoas menos visitadas. O acesso é mais restrito, mas o visual compensa, especialmente nas lagoas da Andorinha e da Gaivota.
Atins, por sua vez, combina o clima de vila de praia com dunas e lagoas próximas. É uma ótima pedida para quem quer relaxar e praticar kitesurfe, além de estar mais próxima do mar. Eu, particulamente, AMO Atins, sua praia, sua vila, aquela sensação de sair do quarto da pousada já com o pé na areia (literamente falando) não tem preço!

Como chegar?
A porta de entrada aérea é São Luís, capital do Maranhão. De lá, é possível seguir de carro, transfer ou ônibus até Barreirinhas (aproximadamente 4h de viagem). Para chegar a Santo Amaro ou Atins, o trajeto continua por estrada de areia ou lancha, o que já faz parte da aventura

Dicas importantes:
– Reserve passeios com antecedência, especialmente na alta temporada (junho a agosto).
– Leve dinheiro em espécie, pois nem todos os estabelecimentos aceitam cartão, principalmente nas vilas menores.
– Roupas leves, chapéu, protetor solar e água são indispensáveis.
– Respeite o meio ambiente: não use protetor solar dentro das lagoas e evite deixar lixo nas dunas.

Visitar os Lençóis Maranhenses é presenciar um dos fenômenos naturais mais belos do planeta. É uma paisagem que se renova todos os anos e que mostra como o Brasil ainda guarda lugares de natureza intocada e surpreendente. Planejar a viagem com o tempo certo e a cidade-base ideal faz toda a diferença entre uma visita comum e uma experiência inesquecível.

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