Nos últimos dias circulou nas redes o relato de uma viajante que perdeu a lua de mel depois de confiar numa informação errada dada pelo ChatGPT. Segundo ela, a IA afirmou que não era necessário visto para entrar em Cancún. Ela acreditou, e acabou impedida de embarcar.

E aqui está a realidade que qualquer profissional entregaria em segundos:
Brasileiros precisam de visto para entrar no México, a única exceção é quem já tem visto americano válido. É uma regra simples, conhecida e atualizada o tempo todo por quem trabalha com turismo.

Esse caso não serve para demonizar tecnologia. Serve para lembrar algo que eu repito há mais de 20 anos de profissão: Nenhuma inteligência artificial substitui um profissional.

IA não assume responsabilidade. O profissional, sim.
O ChatGPT pode ajudar, mas não tem obrigação legal, formação técnica, experiência de mercado ou responsabilidade sobre o que diz.
Se ele errar (e eu já vi errar inúmeras vezes) quem paga o preço é você.

Eu mesmo já vi a IA errar informações sobre o ETA do Reino Unido, dizendo que só estaria disponível em uma data futura… quando na verdade já estava exigido. Imagine chegar em Londres sem o ETA porque acreditou em uma resposta automática? Você nem passa da imigração!

E isso aqui não é exceção! Em 20 anos de turismo, eu já vi milhares de passageiros perderem viagem por informação errada da internet, interpretação equivocada ou decisão baseada em achismo.

“Comprar com agência é mais caro?” — Não. Isso é um mito. Quando você compra com um profissional de viagens, acontece exatamente o mesmo processo do que quando você faz seguro do carro com um corretor, compra um imóvel com um corretor imobiliário, fecha um plano de saúde com um consultor, ou faz seguro-viagem com um especialista. Você não paga mais caro por isso.  O valor seria o mesmo se você fechasse sozinho.

A diferença é outra: Você tem alguém capacitado, que estudou e conhece o mercado, alguém que sabe o que pode dar errado, e evita antes que aconteça, e ainda tem segurança, respaldo, orientação e suporte.

Quem paga o profissional não é você. São os fornecedores (hotéis, cias aéreas, operadoras, passeios.) Ou seja,  o valor da sua viagem não aumenta porque você comprou com um especialista. O que muda é que você deixa de correr risco desnecessário. E, sinceramente, qual é o preço de evitar perder uma lua de mel inteira por causa de um detalhe?

Tecnologia ajuda. Profissional garante.
A IA é uma ferramenta poderosa para pesquisa, inspiração e até apoio.
Mas não é a fonte oficial de nada. Ela não acompanha mudanças de fronteira em tempo real, não é responsável pelo seu embarque, não te socorre se algo der errado, não conhece sua rota, sua conexão, seu histórico, seu passaporte. Profissional, sim. Profissional cruza informação, confirma regra atualizada, avalia risco, orienta rota, checa documentação, acompanha o passageiro e ainda resolve qualquer imprevisto que surgir, antes, durante e depois da viagem. E é por isso que eu digo, sem medo de errar:

– IA é ferramenta. Profissional é segurança.
– IA ajuda. Profissional evita prejuízo.
– IA responde. Profissional assume responsabilidade.

E quando o assunto é viagem, responsabilidade é tudo.