Após quase duas décadas, os passageiros que passam pelos aeroportos dos Estados Unidos não serão mais obrigados a remover os calçados durante a triagem de segurança. A mudança visa agilizar o processo de inspeção sem comprometer a segurança.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, explicou que a medida faz parte de um esforço para modernizar a experiência dos viajantes.
“Queremos tornar as viagens mais eficientes, mantendo os mais altos padrões de segurança” , afirmou em comunicado.
A decisão entra em vigor imediatamente, mas se aplica apenas a aeroportos domésticos — aqueles que operam voos exclusivamente dentro do território americano. Passageiros em voos internacionais ainda podem ser submetidos à regra antiga, dependendo do destino.
Por que os sapatos eram inspecionados?
A obrigatoriedade de retirar os calçados durante a triagem foi instituída em 2006, cinco anos após um incidente envolvendo o terrorista britânico Richard Reid. Em dezembro de 2001, ele tentou detonar explosivos escondidos em seus sapatos durante um voo da American Airlines entre Paris e Miami. A ação foi frustrada por passageiros e tripulantes, e o avião pousou em segurança em Boston.
O episódio levou à adoção de medidas mais rígidas, incluindo a inspeção individual de calçados. No entanto, com o avanço da tecnologia de scanners e sistemas de detecção, a TSA (Transportation Security Administration) considerou que a prática já não era mais necessária.
Outras regras de segurança permanecem
Apesar da flexibilização, outras normas continuam valendo: passageiros ainda precisam remover cintos, casacos, laptops e líquidos de suas bagagens de mão. Noem adiantou, porém, que o DHS (Department of Homeland Security) está revisando esses procedimentos e que novas mudanças podem ser anunciadas em breve.
A expectativa é que a medida reduza significativamente o tempo de espera nos postos de segurança, beneficiando tanto passageiros domésticos quanto turistas estrangeiros que realizam conexões dentro dos EUA.