Aos pés da Serra de São José, a histórica cidade de
Tiradentes
, em
Minas Gerais
, é rica em história e preserva a arquitetura do século 18 em suas construções em geral, como suas famosas igrejas, além de cenários pitorescos que formam a paisagem do local.
O destino é ideal para quem busca calmaria e quer se deliciar com uma gastronomia local de alto padrão, um dos pontos altos de Tiradentes. Delicada e requintada, a cidade com toda certeza vai arrebatar o coração do turista que visitar a região – que recebe anônimos e famosos de todo o país.
O casal Fátima Bernardes e Túlio Gadêlha visitou a cidade ainda na pandemia da Covid-19. A influenciadora Aline Campos (ex-Riscado) é outra famosa brasileira que aproveitou cada instante quando passou pelo município histórico.
O que fazer em Tiradentes?
Para quem é apaixonado pelo turismo cultural, Tiradentes é uma ótima opção para o visitante que quer frequentar museus locais. O Museu Casa Padre Toledo é considerado um dos maiores bens culturais de Tiradentes, e ele pode ser um ponte de partida. O espaço foi antes a casa do Padre Toledo — um dos importantes nomes da Inconfidência Mineira.
A casa, em estilo colonial, preserva em seus pequenos detalhes, como os forros pintados e decoração rara, a magia de uma época outrora. O luxo colonial também está presente na casa e se compara às habitações de nobres em Portugal.
A principal atração do museu é sua arquitetura, então vale uma visita com tempo para aproveitar cada cômodo da construção. No local, além do conjunto arquitetônico, também estão expostas peças da Coleção Brasiliana que integram o acervo da Universidade Federal de Minas Gerais.
Os itens foram doados por Assis Chateaubriand, um dos homens públicos mais influentes do Brasil entre as décadas de 1940 e 1960. O bilhete de entrada tem custo de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
O Museu da Liturgia é o único dedicado ao tema na
América Latina
. Ele dispõe de mais de 400 objetos de uso litúrgico e arte sacra, como pinturas, esculturas, objetos em metal e madeira, e vestuário. Muitos dos itens foram abandonados por décadas dentro de sacristias.
O acervo atual data entre os séculos 18 e 20 e foi totalmente restaurado. Apesar de se dedicar a contar o passado, o museu é inovador e tem em seu acervo material audiovisual. O bilhete de entrada custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Outro museu importante é o de Sant’anna, situado no prédio onde funcionava uma antiga cadeia pública. Ao entrar no edifício, é possível ver as grades originais nas janelas, que compunham o presídio, além do calabouço onde eram mantidos os prisioneiros.
O acervo do museu se originou com a coleção de Angela Gutierrez, que doou todas as peças que se dedicam a contar a história da mãe de Maria, mãe de Jesus.
São cerca de 300 imagens que representam a Santa Ana, ou Sant’Ana como se chama o museu, a protetora dos lares, da família e dos mineradores. As obras são todas de origem brasileira e em grande parte produzidas parte por artistas anônimos, entre os séculos 17 e 19. O bilhete de entrada custa R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia).
Mais um espaço dedicado às artes que vale a visitação é o Centro Cultural Yves Alves, este com entrada gratuita. O centro recebe em seu espaço exposições rotativas, mostras de cinema, espetáculos de teatro e de dança, apresentações musicais, entre outras atrações culturais.
Turismo religioso
Tirandentes também é uma ótima cidade para quem procura pelo turismo religioso
. A construção original da capela da Igreja da Santíssima Trindade data do final do século 18. O templo religioso, que antes era de porte pequeno, e teria sido construído por um ermitão chamado Antonio José Fraga, foi anos mais tarde ampliado, a mando do tenente João Antônio de Campos.
Com o aumento da procura dos fiéis, a igreja ganhou o título de Santuário da Santíssima Trindade. Por lá, hoje em dia, é realizada uma das maiores festas da cidade, o Jubileu da Santíssima. A construção tem estilo barroco-rococó, com interior simples, mas repleto de quadros. O chafariz na área externa e a sala dos milagres também se destacam por suas belezas.
A Igreja Matriz de Santo Antônio é outro primor da cidade e é considerada uma das obras-primas do barroco mineiro e o maior símbolo entre os templos religiosos de Tiradentes.
Sua fachada foi esculpida por Aleijadinho e seu interior é rico em detalhes em ouro, grandes lustres, e pinturas.
O projeto original data do início do século 18, contudo as intervenções de Aleijadinho na fachada só ocorreram no início do século seguinte.
O grande ícone da escultura mineira também assinou as peças da portada. Na área externa da igreja é possível ver o relógio de sol, que se tornou um dos símbolos da cidade.
A peça do século 18, foi esculpida em pedra-sabão, e é um dos relógios mais antigos do Brasil. Ele possui duas faces, que indicam os horários de acordo com a posição do Sol, sendo uma face de acordo com o verão, e outra com o inverno.
Já do alto da Capela de São Francisco de Paula é possível admirar uma das mais bonitas vistas de Tiradentes, contudo a igreja, infelizmente, está quase comumente fechada e é preciso ter sorte para conseguir admirar seu interior. O dia mais certo é o domingo, pela manhã.
A Capela de Nossa Senhora das Mercês recepciona os viajantes que chegam ao Centro Histórico de Tiradentes. Localizada no Largos das Mercês, a igreja que data do final do século 18, foi construída em estilo rococó, e esconde em sua fachada simples um interior com belas pinturas de Manoel Victor de Jesus.
Ela é mais um exemplo de templo religioso que está fechado quase sempre. A missa ocorre aos sábados pela manhã, o dia certo para ter uma chance de admirar a igreja para além do seu exterior. Outra capela importante da cidade é a de São João Evangelista.
De fachada simples, a igreja pode até passar despercebida, mas quem a notar não vai se arrepender. Ela foi construída em meados do século 18 e ela se destaca por ser o local de sepultamento do compositor Manoel Dias de Oliveira, que ficou conhecido por seu talento precoce à música.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos é considerada uma das mais antigas da cidade. Sua construção data do início do século 18 e sua história se diferencia das demais.
Ela teria sido construída pelos negros escravos de Tiradentes, porém este templo religioso teria sido levantado por eles e para eles. Segundo as tradições locais, o pouco ouro que compõe o interior da igreja teria sido roubado dos senhores dos escravos.
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