Controladores de voo contratados pela NAV Brasil ameaçam paralisar decolagens em quatro datas: 24, 26 e 30 de setembro, além de 2 de outubro. A paralisação deve ocorrer entre 11h e 12h e entre 15h e 16h, o que pode provocar atrasos em todo o país. A medida é resposta a denúncias de sobrecarga de trabalho e riscos à segurança aérea.
A informação foi revelada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo, que representa os funcionários da empresa pública. A entidade acusa a NAV de manter déficit operacional por falta de concursos há 14 anos, o que, segundo o sindicato, aumenta a pressão sobre os profissionais.
Risco de atrasos e impacto nos aeroportos
Os trabalhadores afirmam que os pousos não serão interrompidos e aeronaves prioritárias, como ambulâncias aéreas, aeronaves de bombeiros e da polícia, seguirão liberadas. No entanto, a suspensão das decolagens pode gerar efeito cascata, causando atrasos e remanejamentos em voos nacionais e internacionais.
A NAV Brasil é responsável pelo controle do tráfego aéreo em 43 aeroportos, incluindo terminais estratégicos como Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ) e Santos Dumont (RJ). Esses aeroportos concentram operações de voos domésticos e internacionais, o que amplia o alcance do impacto da greve.
Em nota, o sindicato declarou que “ a precarização das condições de trabalho está a ponto de afetar a segurança aérea ”. A entidade afirma que profissionais enfrentam jornadas exaustivas, que colocam em risco a integridade do sistema.
A Assembleia Geral Extraordinária Permanente da categoria marcou nova reunião em 20 de setembro para deliberar sobre a manutenção ou suspensão da greve. A votação dos trabalhadores ficou aberta até 22 de setembro ao meio-dia.
A NAV foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até a última atualização. Segundo o sindicato, as negociações buscam amenizar os efeitos da paralisação e garantir que serviços essenciais não sejam comprometidos.