Com vista para o lago Albano e rodeada por jardins históricos, a pequena cidade de Castel Gandolfo, a 25 quilômetros de Roma, voltou a ser destaque no cenário mundial.
O motivo? O Papa Leão XIV escolheu o local para um período de descanso durante o verão europeu, entre os dias 6 e 20 de julho, com nova passagem prevista de 15 a 17 de agosto.
“Estamos extremamente felizes” , afirmou o pároco da cidade, Pe. Tadeusz Rozmus, sobre a presença do Pontífice. No próximo domingo (13), Leão XIV celebrará uma missa na igreja de São Tomás de Villanova.
A tradição papal em Castel Gandolfo existe desde 1626, quando Urbano VIII foi o primeiro a transformar a antiga fortaleza dos Barberini em residência de verão. Desde então, 16 papas passaram por ali, aproveitando o clima mais ameno e a atmosfera serena para momentos de repouso, reflexão e trabalho.
Erguida sobre as ruínas da vila romana de Domiciano (81–96 d.C.), a propriedade das Vilas Pontifícias combina arte, história e fé. Os belos jardins, como o Jardim do Moro e o da Vila Cybo, e o Observatório Astronômico do Vaticano, transferido para o local em 1934, tornam a área única no mundo católico.
Desde 2016, o Palácio Apostólico foi aberto ao público por decisão do Papa Francisco. Mesmo durante a visita de Leão XIV, o Polo Museológico de Castel Gandolfo segue com atividades, ainda que com horários ajustados em alguns dias.
Visitantes podem explorar as salas históricas antes restritas ao clero, como o Consistório, a biblioteca particular e a capela com a imagem de Nossa Senhora de Czestochowa.
Neste verão, três exposições ocupam os espaços expositivos: uma dedicada aos artistas Bellini e Sodoma, outra à tapeçaria de Rafael e uma terceira que revisita o dramático episódio de 1944, quando o local abrigou 12 mil civis durante a Segunda Guerra Mundial.
Na ocasião, mais de 40 crianças nasceram no quarto papal, um dos episódios mais simbólicos do acolhimento promovido pela Santa Sé.
Diferente de seus antecessores, Leão XIV não se hospedará no Palácio, mas sim na Vila Barberini, cercada por oliveiras e jardins históricos. Construída no século XVII, a residência preserva afrescos e estruturas originais, como a Sala da Música e o antigo criptopórtico romano.