sábado, 26 de julho de 2025

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Conheça a ilha misteriosa que gira sozinha no norte da Argentina

A cerca de 60 quilômetros ao norte de Buenos Aires, no coração do Delta do Paraná, um círculo perfeito se destaca em meio  à vegetação pantanosa.

Batizada de El Ojo (“O Olho”, em espanhol), a misteriosa ilha flutuante tem aproximadamente 118 metros de diâmetro e gira lentamente dentro de um lago surpreendentemente simétrico.

O fenômeno chama atenção não só pela aparência enigmática, mas também pelas histórias e mitos que cercam a região.

Vista do alto, a formação impressiona: parece um globo ocular vigiando a natureza ao redor. A ilha é formada por um emaranhado de raízes, plantas aquáticas e matéria orgânica, denso o suficiente para se manter flutuando livremente na água.

Seu movimento rotatório contínuo, causado por correntes e erosão, moldou um espelho d’água redondo e de bordas perfeitamente definidas.

O cineasta argentino Sergio Neuspiller foi um dos primeiros a registrar El Ojo com mais profundidade, em 2016. A equipe chegou até o local após uma longa jornada a pé sob sol intenso.

“Era uma área completamente inexplorada. A água parecia preta, mas era transparente, algo raro no delta”, contou ele ao jornal El Observador. A descoberta deu início a uma onda de curiosidade e teorias, algumas locais, outras mais fantasiosas.

Os moradores da região já conheciam a ilha e, segundo relatos, muitos evitavam se aproximar por temerem que uma entidade espiritual habitasse o local. Já outros acreditam que a área atrai fenômenos inexplicáveis, como aparições de OVNIs.

Há até quem associe El Ojo a supostas bases secretas do passado, embora nada disso tenha comprovação científica.

Seu movimento se assemelha a discos de gelo que surgem em rios congelados, como os que já apareceram no estado norte-americano do Maine. Também há registros de ilhas flutuantes semelhantes em outras partes da América do Sul, como os matupás da Amazônia, que flutuam sobre rios e lagos da região.

Apesar da atenção despertada nos últimos anos, El Ojo permanece inacessível para o turismo tradicional. Não há excursões regulares até o local, e a visita exige preparação, conhecimento da região e disposição para uma jornada longa.

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