Brasileiros que desejam visitar a China não precisarão mais de visto para estadias de até 30 dias. A medida passa a valer a partir de 1º de junho de 2025 e segue em vigor até 31 de maio de 2026, conforme anúncio feito nesta quinta-feira (15) pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian.
Além do Brasil, outros países da América do Sul foram contemplados com a nova política de isenção: Argentina, Chile, Peru e Uruguai. O benefício se aplica a viagens com fins de turismo, negócios, visita a parentes e amigos, intercâmbio ou em trânsito pelo território chinês.
A iniciativa aproxima o Brasil de países europeus e de nações como Japão e Coreia do Sul, que desde o ano passado já não exigem visto para entrar na China. A mudança representa um avanço nas relações bilaterais e é vista como mais um passo no fortalecimento dos laços diplomáticos e econômicos entre o gigante asiático e os países da América Latina.
O anúncio veio logo após um fórum realizado em Pequim com autoridades chinesas, latino-americanas e caribenhas. Durante o encontro, o presidente chinês Xi Jinping prometeu ampliar a presença econômica do país na região, com o lançamento de uma linha de crédito de US$ 9 bilhões e novos aportes em infraestrutura.
Investimentos chineses no Brasil
Em meio ao Fórum Empresarial Brasil-China, realizado nesta segunda-feira (12) em Pequim, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, anunciou a chegada de R$ 27 bilhões em novos investimentos chineses no Brasil.
O evento contou com a presença de mais de 700 empresários dos dois países e autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e o presidente da Federação de Indústria e Comércio de Toda a China, Gao Yunlong.
“Estamos anunciando hoje 27 bilhões de reais de investimentos de grupos e empresas chinesas no Brasil. Isso nunca aconteceu. É um fato inédito, extraordinário. 4,5% de tudo que a China importa vem do Brasil e 25% de tudo que o Brasil importa sai da China”, declarou Viana.
O valor anunciado será aplicado em diversos setores da economia brasileira, como indústria, comércio e mineração. O maior investimento confirmado será feito pela montadora GWM, uma das maiores da China, que confirmou a destinação de R$ 6 bilhões para expandir suas operações no Brasil e transformar o país em uma plataforma exportadora para toda a América do Sul e México.