Aquele passaporte todo carimbado, que muita gente mostra com orgulho por onde já passou pelo mundo, já não poderá ser ostentado, pelo menos dentro da União Europeia. Daqui 2 meses, 26 países que integram o Espaço Schengen , terão o controle de entrada e saída totalmente de forma eletrônica.

O Sistema de Segurança Integrado(SSI) promete aumentar o grau de fiscalização e controle de fronteiras com câmeras inteligentes para o reconhecimento facial e recolha de impressões digitais de todos viajantes que passarem pelas áreas de imigração de portos e aeroportos. Segundo a imprensa portuguesa, o controle de entradas e saídas também contará com um questionário que o viajante vai precisar preencher eletrônicamente.

Segundo o SSI, num primeiro momento pode parecer ainda mais burocrático, porém, a partir da segunda viagem, onde o passageiro já tenha todos os dados em sistema, vai facilitar e agilizar a passagem pela imigração. Lembrando que as novas regras estão dirigidas para não cidadãos europeus, ou seja, qualquer passaporte de países fora do Espaço Schengen .

O novo sistema pretende controlar o portador do passaporte, que esteve em áreas da União Europeia, por exemplo, países visitados, entrada, saída, tempo de estadia no território, para que não ultrapassem os 90 dias autorizados de permanência turística. A legislação portuguesa, por exemplo, prevê multas de até 700 euros de todos os viajantes que ultrapassarem o prazo estipulado, sem apresentar um novo visto de permanência no país. Com este filtro mais rigoroso, a tendência é que aumente o número de crescente de barrados nos aeroportos, e a probabilidade maior de deportação. Uma pesquisa levantada pela imigração portuguesa, aponta que no ano passado 85% dos estrangeiros impedidos de entrar em Portugal eram brasileiros.

Para 2026 está previsto a entrada de um outro processo de checagem de imigração através do ETIAS ( Sistema Europeu de Controle e Autorização de Viagem ), que também ser gerido pelo SSI. Já este sistema ETIAS, será obrigatório para todos os cidadãos de países fora do Espaço Schengen que não precisam de visto para entrar na Europa. Este novo protocolo precisará ser feito com antecedência da viagem, já que a autorização pode demorar até 30 dias, e só assim terá a autorização de entrada nos países destinos. O processo de solicitação deve custar 7 euros (44 reais na cotação atual), exceto para menos de 18 e maiores de 70 que terão isenções.