segunda-feira, 30 de junho de 2025

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Cannes proibirá navios de cruzeiro com mais de mil passageiros

A cidade de Cannes, um dos destinos mais emblemáticos da Riviera Francesa, anunciou que irá proibir  navios de cruzeiro com mais de mil passageiros a partir de 1º de janeiro de 2026. A medida faz parte de um esforço para enfrentar os impactos do turismo excessivo, reduzir emissões poluentes e proteger o patrimônio estético e ambiental da cidade.

Segundo o prefeito David Lisnard, a decisão tem como objetivo promover um turismo mais responsável e sustentável.

“Queremos um turismo menos frequente, menos massivo, menos poluente e mais estético”, afirmou Lisnard em declaração à imprensa local.

Além de restringir o acesso de grandes navios ao porto, a cidade também vai impor um limite de 6 mil visitantes desembarcando por dia. Embarcações maiores que ainda queiram operar em Cannes deverão usar barcos menores para transportar os passageiros até terra firme, o que tornará a logística mais complexa e menos atrativa para as companhias.

A proibição atinge especialmente os chamados “meganavios” , que transportam milhares de pessoas e têm sido criticados por sobrecarregar cidades costeiras, gerar poluição atmosférica e contribuir para o chamado sobreturismo — quando o número de visitantes excede a capacidade da infraestrutura urbana.

A decisão de Cannes segue uma tendência já vista em outras cidades europeias. Barcelona, Veneza, Nice, Amsterdã e Bordéus implementaram restrições similares, buscando equilibrar os benefícios econômicos do turismo com a preservação do espaço urbano e da qualidade de vida dos moradores.

Em Nice, por exemplo, navios com mais de 900 passageiros serão proibidos a partir de julho de 2025. Em Veneza, embarcações grandes foram banidas do centro histórico desde 2021. Já em Amsterdã, o terminal de cruzeiros será transferido para fora da cidade até 2035.

Impacto ambiental e social

Estudos apontam que um único navio de cruzeiro pode emitir mais poluentes do que milhares de automóveis por dia. Além disso, os grandes fluxos de turistas gerados por essas embarcações afetam diretamente o comércio local, os preços e o cotidiano das comunidades urbanas.

A iniciativa de Cannes é vista como um passo importante no combate ao turismo predatório. Ambientalistas e moradores locais têm apoiado a medida, enquanto o setor de cruzeiros reagiu com críticas, alertando para possíveis prejuízos econômicos.

turismo.ig.com.br

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