Enquanto o termômetro dispara em Pequim, um restaurante local encontrou uma solução inusitada — e divertida — para manter os clientes frescos enquanto saboreiam um dos pratos mais icônicos da China: o hot pot.
O dono do estabelecimento começou a distribuir adesivos de febre gelados, aqueles normalmente usados para baixar a temperatura corporal, para que os clientes coloquem na testa e resistam ao vapor escaldante da panela.
A ideia, além de prática, viralizou nas redes sociais, mostrando como a criatividade pode transformar até mesmo um detalhe corriqueiro em parte da experiência gastronômica.
O Hot Pot além das fronteiras
O hot pot é muito mais que uma refeição — é um símbolo de convívio e tradição. Originário da China, o prato consiste em um caldo fervente no qual os próprios clientes cozinham ingredientes como carne de cordeiro, acelga, tofu e frutos do mar, personalizando cada garfada com molhos como o de gergelim ou alho agridoce. Cada região do país tem sua versão: o de Sichuan, ardido e marcante; o de Cantão, leve e à base de frutos do mar; e o de Pequim, famoso pelo shuanyangrou (fatias finas de carneiro).
Nos últimos anos, o hot pot ganhou o mundo, levando consigo não apenas sabores, mas também um novo olhar sobre a gastronomia chinesa.
Uma onda que veio para ficar
A ascensão do hot pot reflete uma mudança maior: a China não só exporta produtos, mas também cultura e tendências. No Brasil, restaurantes especializados, como os do bairro da Liberdade, em São Paulo, atraem tanto a comunidade chinesa quanto brasileiros curiosos para experimentar a “fondue oriental”.