segunda-feira, 16 de junho de 2025

Rádio SOUCG

  • ThePlus Audio

Assento 11A é o mais seguro? Especialistas explicam caso na Índia

Passageiros de companhias aéreas ao redor do mundo estão se perguntando se há algo especial no assento 11A. Foi nele que Viswash Kumar Ramesh, de 40 anos, o único sobrevivente do Boeing 787-8 da Air India, que caiu após a decolagem em Ahmedabad, na Índia, na última quinta-feira, estava sentado. Mas será que a localização do assento realmente ajudou a salvar sua vida?

Provavelmente não, afirmam especialistas em aviação. Não há evidências de que um assento específico seja mais seguro que outro em caso de acidente. E, na maioria das vezes, tentar adivinhar qual  lugar oferece mais proteção não faz diferença.

“Se você estiver em um acidente, todas as apostas estão canceladas. Escolha o assento que deixar você mais confortável”, explica Jeff Guzzetti, ex-investigador de acidentes da Administração Federal de Aviação (FAA) e do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) dos EUA, para o The New York Times.

A teoria da parte traseira é realmente mais segura?

Muitos acreditam que sentar na parte de trás do avião aumenta as chances de sobrevivência, já que a frente supostamente sofreria o maior impacto em uma queda. No entanto, Guzzetti afirma que essa ideia é enganosa.

“Você simplesmente não pode prever a dinâmica de uma queda” , alerta o especialista.

No caso do voo da Air India, o assento 11A ficava na fileira da saída de emergência, o que, em algumas situações, pode facilitar uma evacuação rápida. No entanto, Ramesh relatou à emissora estatal indiana que o lado direito da aeronave foi esmagado contra uma parede, impedindo que outros passageiros escapassem.

Foi sorte ou posição?

Em emergências como incêndios, estar perto de uma saída pode ser crucial, segundo Guzzetti. Mas, no caso específico do acidente na Índia, ele acredita que foi apenas sorte.

“Nesse tipo de acidente, as pessoas simplesmente não sobrevivem tão perto da frente, tão perto do combustível “, afirma Shawn Pruchnicki, ex-investigador de acidentes e professor de segurança na aviação da Universidade Estadual de Ohio, também ao The New York Times.

Os tanques de combustível do Boeing 787 ficam principalmente nas asas e na fuselagem central, o que aumenta os riscos em colisões próximas a essa área.

Acidentes recentes e a segurança dos voos

A queda na Índia é o mais recente de uma série de acidentes aéreos, incluindo uma colisão no ar em Washington (janeiro) e desastres na Coreia do Sul e no Cazaquistão (dezembro). Apesar desses eventos, especialistas garantem que voar continua sendo extremamente seguro.

“Acidentes chamam atenção justamente porque são raros. A aviação é uma das formas mais seguras de viagem”, reforça Pruchnicki.

turismo.ig.com.br

Enquete

O que falta para o centro de Campo Grande ter mais movimento?

Últimas