A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, reacendeu o debate sobre as condições perigosas do passeio, muitas vezes vendido por agências como uma aventura “fácil” e acessível. Com 3.726 metros de altitude, o vulcão é o segundo maior do país e exige preparo físico, equipamentos adequados e guias experientes. No entanto, relatos de turistas revelam descaso, falta de segurança e informações enganosas.
Experiências aterrorizantes
A escritora Letícia Mello denunciou, em suas redes sociais, as condições do passeio. “Dormimos com a tenda desmoronando sobre nós. Vendem como se não exigisse preparo, mas é extremamente cansativo e perigoso” , disse.
O Caso Juliana Marins: Abandono e Resgate Tardio
Juliana caiu de um precipício no sábado (21) após ser deixada para trás pelo guia, que seguiu com o grupo mesmo após ela relatar exaustão. Apesar de ainda estar viva após o acidente – como mostram imagens de drone –, o resgate demorou três dias devido ao terreno acidentado e à falta de estrutura. A autópsia revelou que Juliana sobreviveu por apenas 20 minutos após a queda, com fraturas múltiplas e lesões internas graves.
Alerta para turistas
O Monte Rinjani atrai aventureiros, mas exige preparação física, pesquisa sobre agências confiáveis e consciência dos riscos. Como alertou Letícia Mello: “Não é um passeio. É uma expedição árdua, e ninguém deveria subestimar isso.”