Aos 85 anos, Cleide Almeida vem conquistando espaço e corações nas redes sociais com uma mensagem simples, porém poderosa: “Envelhecer pode ser muito bom” .
Pedagoga, modelo sênior e autodenominada “influenciadora de uma bela velhice” , ela compartilha seu estilo de vida cheio de autonomia, saúde e autoestima, inspirando principalmente mulheres mais jovens a pensarem no futuro com liberdade e alegria.
Em seus vídeos no Instagram, Cleide mostra sua rotina independente.
“Eu que cuido de tudo, eu que faço minha comida. E é assim que eu vou levando a minha vida” , conta, reforçando a importância de se manter ativa e autônoma mesmo na terceira idade.
Além da rotina diária, a influenciadora compartilha momentos de lazer e viagens. Recentemente, ela encantou os seguidores ao registrar sua passagem pela Turquia, e também celebra a alegria de explorar o mundo ao lado de amigas de idade semelhante.
O impacto da sua presença digital é notável: muitas de suas seguidoras têm menos idade, buscando nas experiências de Cleide inspiração para viverem plenamente no futuro.
Uma delas, de 50 anos, comentou: “Já amo de paixão viver comigo mesma. É tudo isso que você falou no vídeo. Uma maravilha, e estou tentando me preparar para o futuro” .
Outra, projetando sua própria independência, afirmou: “Daqui a quinze anos, estarei com 85. Livre, feliz e independente como você. Não quero dar trabalho para ninguém”.
Grande Mesquita de Bursa: marco histórico e joia da arquitetura otomana
A Grande Mesquita de Bursa, conhecida em turco como Bursa Ulu Cami, é um dos principais símbolos históricos da cidade de Bursa, na Turquia. Construída entre 1396 e 1399 a pedido do sultão otomano Bayezid I, a mesquita foi erguida para celebrar sua vitória na Batalha de Nicópolis. Localizada no coração da cidade antiga, próxima aos tradicionais mercados, a construção se destaca como um dos maiores exemplos da arquitetura otomana primitiva.
Contexto histórico
Como a maior mesquita de Bursa, primeira capital do Império Otomano, a Ulu Cami representa a transição da arquitetura turca seljúcida para o estilo otomano clássico. O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Ali Neccar, sob encomenda do sultão Bayezid I, que governou o império como seu quarto soberano. Pouco tempo depois da construção, o sultão enfrentou uma derrota histórica para Timur (Tamerlão) na Batalha de Ancara, em 1402, e relatos indicam que a mesquita teria sido incendiada nesse período, além de sofrer danos novamente durante um cerco à cidade em 1412. Os registros oficiais apontam os primeiros reparos documentados em 1493.
Ao longo dos séculos, a mesquita passou por várias restaurações. Um terremoto devastador em 1855 provocou o colapso do telhado, mantendo o edifício fechado por vários anos até a conclusão das obras em 1889.
Arquitetura
A Ulu Cami é um imponente edifício retangular de 55 por 69 metros, com área interna de mais de 3 mil metros quadrados. Três entradas dão acesso à mesquita, sendo a do norte a mais imponente. Seu interior é coberto por 20 cúpulas organizadas em quatro fileiras de cinco, sustentadas por doze colunas, e pode acomodar cerca de 5 mil fiéis. Uma tradição popular afirma que Bayezid I teria construído uma única mesquita de vinte cúpulas como forma de cumprir sua promessa de erguer vinte mesquitas separadas caso vencesse a Batalha de Nicópolis.
No centro do espaço, destaca-se um şadırvan, uma fonte para abluções rituais sobre uma bacia de água de dezoito lados. A cúpula acima da fonte, aberta originalmente para o céu e atualmente coberta por vidro, permite a entrada de luz natural, iluminando o interior.
A mesquita possui dois minaretes: o ocidental, conectado diretamente ao edifício e datado da época de Bayezid I, e o oriental, construído em período posterior, separado da mesquita principal.
As paredes internas exibem decorações em estilo barroco otomano do século XIX, além de composições caligráficas datadas do século XVIII ao início do XX. O mihrab, nicho que indica a direção da oração, foi esculpido em 1572 por Mehmed, sob encomenda de Zeyni Çelebi, e apresenta dossel de muqarnas com detalhes pintados e dourados de 1905. Ao lado, o minbar de madeira, feito com a técnica tradicional kundekari (encaixe de peças sem pregos ou cola), exibe intricados arabescos e padrões geométricos. Ele foi confeccionado em 1400 pelo artesão Hacı Mehmed, de Antep.
Caligrafia e arte islâmica
A Grande Mesquita é famosa por sua caligrafia, sendo apelidada de “museu da caligrafia”. O interior abriga 192 inscrições monumentais, compostas por 87 trabalhos de 41 calígrafos otomanos de diferentes épocas. As inscrições, distribuídas por paredes, colunas e placas, incluem versos do Alcorão, hadiths, os 99 nomes de Alá, o nome do Profeta Muhammad e nomes de estudiosos islâmicos importantes, principalmente produzidos entre 1778 e 1938.