Um Boeing 787-8 Dreamliner operado pela Air India, a única companhia aérea da Índia a oferecer voos sem escalas para destinos de longa distância, caiu minutos após decolar de Ahmedabad com destino a Londres nesta quinta-feira (12). O acidente, que deixou centenas de vítimas, ocorreu em um momento crítico para a empresa, que passa por um ambicioso processo de revitalização sob o comando do Tata Group.
A aeronave, que transportava 242 pessoas, incluindo 230 passageiros e 12 tripulantes, perdeu altitude pouco depois da decolagem, resultando em uma tragédia que abalou a indústria da aviação global.
Histórico e importância da Air India
Fundada em 1932 pelo visionário empresário J.R.D. Tata, a Air India foi nacionalizada em 1953 e enfrentou décadas de desafios financeiros e operacionais. Em 2022, o Tata Group reassumiu o controle da companhia em um acordo de US$ 2,2 bilhões, iniciando um plano de recuperação que incluiu a modernização da frota e a expansão de rotas.
Atualmente, a Air India opera 191 aeronaves, conectando 43 destinos domésticos e 41 internacionais. Sua maior distinção é ser a única companhia aérea indiana a oferecer voos diretos para destinos intercontinentais, como Austrália, Europa e América do Norte, sem escalas.
Resposta da empresa e compensações
Natarajan Chandrasekaran, presidente do Tata Group, anunciou que a empresa cobrirá todas as despesas médicas dos feridos e pagará 10 milhões de rúpias (cerca de R$ 646 mil) às famílias de cada vítima fatal. Além disso, o grupo se comprometeu a auxiliar na reconstrução de estruturas danificadas pelo acidente, incluindo um alojamento médico atingido pelos destroços.
Frota e expansão
A Air India vem investindo pesado em sua frota, com pedidos recordes de aeronaves Airbus e Boeing, incluindo um contrato de 470 jatos em 2023 – o maior da história da aviação comercial. A companhia também modernizou seus aviões com novos interiores e identidade visual, buscando se reposicionar no mercado global.
Histórico de segurança
Este é o acidente mais grave envolvendo a Air India desde 2010, quando um Boeing 737 matou 158 pessoas em Mangalore. Apesar dos desafios, a aviação indiana tem registrado melhorias significativas em segurança nos últimos anos, com investimentos em infraestrutura e regulamentações mais rígidas.
Investigação em andamento
Autoridades aeronáuticas da Índia e representantes da Boeing já iniciaram as investigações sobre as causas do acidente. O Boeing 787 Dreamliner, lançado em 2011, tem um histórico considerado seguro, com mais de 1.175 unidades em operação globalmente, de acordo com informações da fabricante.