A partir de hoje, 27 de outubro de 2025, o Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, no Peru, passa a cobrar u ma nova taxa para passageiros em conexão internacional. A cobrança, chamada TUUA (Tarifa Unificada de Uso de Aeropuerto), será aplicada a quem chega de um país e sai para outro com escala em Lima, no valor de US$ 12,67 por pessoa, o equivalente a cerca de R$ 70.
De acordo com a concessionária Lima Airport Partners (LAPI) , responsável pela administração do terminal, essa cobrança já estava prevista no contrato de concessão, mas vinha sendo isenta até agora. A decisão, no entanto, gerou forte reação das companhias aéreas, principalmente da LATAM Airlines, que mantém em Lima um dos seus principais hubs de conexões na América do Sul.
Os passageiros em trânsito internacional precisarão quitar o valor antes de embarcar no voo de conexão. A concessionária já instalou sinalizações com QR Code no terminal, direcionando para o site oficial do aeroporto, onde o pagamento pode ser feito de forma antecipada. Caso o passageiro não pague online, será possível quitar o valor presencialmente no aeroporto, em cabines específicas nas áreas de conexão.
E não para por aí: a partir de janeiro de 2026, a cobrança será ampliada também para voos domésticos com conexão em Lima, com tarifa reduzida de US$ 8,01, cerca de R$ 44.
O problema é que, como toda taxa aeroportuária, o passageiro é que terá que pagar separadamente, o que deve gerar confusão e insatisfação entre os viajantes que não forem avisados com antecedência.
E quem pensa que isso não afeta nós, brasileiros ,está enganado! Afinal de contas a A LATAM opera diversos voos do Brasil com conexão em Lima para destinos como Orlando, Nova York, Cancún, Cidade do México, Los Angeles, Santiago, Bogotá e Montevidéu. Ou seja, mesmo quem não tem Lima como destino final poderá ter que pagar a taxa apenas por estar de passagem pelo aeroporto.
Embora o número exato de voos varie conforme a temporada, Lima é um dos principais HUBs (centro de distribuição de voos) da LATAM, com centenas de conexões internacionais por semana. Isso faz com que a cobrança tenha potencial de afetar milhares de passageiros todos os dias.
Eu, inclusive, já prevejo que essa decisão pode reduzir a competitividade de Lima frente a outros HUBs da região, como Santiago, Bogotá e Panamá, já que aumenta o custo das conexões internacionais no país. E no fim das contas, essa tentativa de lucrar com o aumento do fluxo de passageiros pode acabar saindo pela culatra. O aeroporto que tenta faturar mais vendo na alta demanda uma fonte de renda extra pode acabar perdendo clientes. Afinal, quanto mais você tenta lucrar a troco de nada, mais você afasta quem poderia te escolher. No final das contas, quem quer lucrar demais, acaba sem nada.







