domingo, 14 de dezembro de 2025

A China acaba de ativar a primeira internet 10G do planeta

A China lançou a primeira rede comercial de banda larga 10G do mundo, com tecnologia 50G-PON desenvolvida por Huawei e China Unicom. Essa rede já está em funcionamento em Xiong’an, a cidade planejada para ser a grande “metrópole do futuro”. Xiong’an não é um experimento: é um projeto real de urbanismo, tecnologia e sustentabilidade, idealizado para mostrar como será a cidade do século 21. 

Xiong’an tem como ambição integrar desde infraestrutura digital até transporte, serviços públicos, meio ambiente e padrão de vida, tudo conectado por rede de altíssima velocidade. Já funciona com sistemas de serviços públicos inteligentes, gestão urbana via dados, além de adoção de mobilidade elétrica/autônoma em trechos de transporte público. 

Com a internet 10G, a promessa é de um salto tecnológico real: streaming em altíssima definição sem travar, jogos e realidade virtual fluindo sem latência, e cidades inteligentes com dados em tempo real. Isso pode transformar a experiência urbana completamente.

Mas (e esse é um “mas” importante) na prática para quem viaja de fora nem sempre isso faz diferença. Mesmo com a rede mais rápida do mundo, turistas que chegam com chip internacional, plano de roaming ou chip de outro país muitas vezes não conseguem acessar serviços básicos. Plataformas como Google, WhatsApp, Instagram, TikTok e Google Maps são bloqueadas no país. Sem o uso de VPN (rede privada virtual), você basicamente perde o acesso a boa parte da internet que considera “normal”.

Ou seja: você pode estar em uma cidade construída como “futuro real”, com internet de 10 Gbps, e ao mesmo tempo não conseguir nem mandar uma mensagem. Isso mostra que tecnologia e liberdade de acesso são coisas diferentes, e que a experiência de viajar para a China exige preparo e entendimento desse contraste.

Para quem pensa em viajar pra lá, vale considerar:

– Verificar se o chip ou plano usado permitirá acesso com VPN.
– Baixar e configurar VPN antes de embarcar.
– Entender que a internet “rápida” não garante acesso aos apps ou sites usados no Ocidente.
– Estar preparado para usar aplicativos locais ou métodos alternativos de comunicação.

A China está definindo o futuro da conectividade, mas esse futuro ainda tem barreiras que o turista precisa conhecer.

turismo.ig.com.br