Em pleno ano eleitoral no Brasil e em outros países, o WhatsApp
teria cortado recursos financeiros para empresas de checagem de fatos que trabalham em conjunto com o app. As informações são do jornal Folha de S. Paulo e do site The Information.
De acordo com fontes do segmento ouvidas pela reportagem, os cortes chegam a 30% em alguns casos com empresas brasileiras. O The Information também já confirmou quedas nas verbas para outros países, incluindo a Índia, que lidera em número de usuários do app e tem as maiores eleições do mundo marcadas para abril e maio deste ano.
O Zap firma parcerias com empresas de checagem de fatos para diminuir a desinformação e o disparo em massa de fake news no aplicativo — é possível entrar em contato com essas companhias e encaminhar conteúdos para confirmar a veracidade pelo app. No Brasil, seis empresas parcerias oferecem um canal de comunicação para verificar notícias no app: AFP Checamos, Agência Lupa, Aos Fatos, Estadão Verifica, Reuters Fact Check Brasil e UOL
Confere. A Índia, já mencionada anteriormente, tem 11 veículos parceiros.
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Em nota, o WhatsApp reforçou as parcerias e confirmou que os investimentos continuam no setor neste ano, mesmo sem informar cortes ou mudanças na verba:
“O WhatsApp tem orgulho de ser parceiro de mais de 50 organizações de verificação de fatos, inclusive no Brasil, que usam produtos do WhatsApp para fornecer uma maneira para as pessoas fazerem perguntas sobre possíveis informações falsas. Somos o primeiro aplicativo de mensagens a ajudar as organizações de checagem de fatos e vamos continuar esses investimentos este ano”.
Cenário preocupante
A notícia pode levantar algumas preocupações diante do período eleitoral no Brasil. Vale lembrar que as eleições nacionais de 2024 são para a escolha prefeitos e vereadores, então o ideal seria reforçar uma cobertura para atender aos mais de 5.500 municípios do país.
O WhatsApp é o mensageiro mais popular do país e também se torna um espaço para o disparo em massa de fake news em grupos, conversas privadas e comunidades. Além disso, o app introduziu os canais, que não possuem limite de seguidores e permite que um único perfil se comunique diretamente com milhares (ou até milhões) de pessoas por lá.
A Meta
também já foi alvo de muitas queixas sobre problemas na moderação de fake news em seus produtos, e um possível corte de verba pode ter grandes consequências sobre o uso dos apps no período eleitoral. Vale lembrar que o ano de 2024 reserva eleições na Índia, com uma população de mais de 1,4 bilhão de pessoas, e nos EUA, cujo pleito normalmente tem impactos gigantescos na geopolítica mundial.
No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral já publicou uma série de decisões sobre o uso de IA nas eleições
, inclusive com a proibição dos deepfakes
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