terça-feira, 1 de abril de 2025

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Webb revela auroras em Netuno pela primeira vez

Nasa

À esquerda, imagem de Netuno em cores aprimoradas do Telescópio Espacial Hubble; à direita, a imagem é combinada com dados do Telescópio Espacial James Webb, ambos da NASA.

Na primeira observação deste fenômeno, o James Webb Space Telescope, da NASA, registrou em junho de 2023 uma intensa atividade auroral em Netuno.

Os cientistas usaram um equipamento que detecta luz infravermelha para encontrar o íon H3⁺, que mostra que partículas do Sol estão batendo contra o campo magnético de Netuno, que fica inclinado em 47° em relação ao eixo do planeta.

O equipamento capturou imagens com detalhes que, segundo o pesquisador Henrik Melin, “foi impressionante não só ver as auroras, mas o detalhe e clareza do fenômeno me surpreenderam.”

Imagem de Netuno produzida a partir de imagens tiradas pela Voyager 2 da NASA, em 1989. Foi a primeira espaçonave a voar perto do planeta.
Nasa

Imagem de Netuno produzida a partir de imagens tiradas pela Voyager 2 da NASA, em 1989. Foi a primeira espaçonave a voar perto do planeta.

Esses dados foram obtidos durante uma campanha de observação que permitiu também medir a temperatura da ionosfera de Netuno, revelando uma queda significativa em comparação com os registros de 1989, quando a Voyager 2 passou pelo planeta.

Contexto e avanços tecnológicos

Embora indícios de auroras já tenham sido sugeridos durante a passagem da Voyager 2 em 1989, a confirmação permaneceu evasiva até agora.

Com a sensibilidade no infravermelho do Webb, os cientistas conseguiram identificar as regiões aurorais localizadas em latitudes médias, o que difere do padrão observado em outros planetas do sistema solar.

Heidi Hammel, cientista do programa de Observação Garantida, destacou: “A confirmação só foi possível graças à sensibilidade do Webb no infravermelho.”

James Webb foi lançado em 25 de dezembro de 2021.
Nasa

James Webb foi lançado em 25 de dezembro de 2021.

Implicações dos achados

Os resultados obtidos abrem novas perspectivas para o estudo da dinâmica da atmosfera de Netuno e do seu campo magnético, possibilitando o acompanhamento do fenômeno durante um ciclo solar completo de 11 anos.

Essa descoberta permite uma compreensão mais profunda da interação entre o vento solar e os planetas gigantes, oferecendo uma janela inédita para a ciência dos gigantes gasosos.

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