Diferentemente da Uber
e 99
, a inDrive foca em uma abordagem completamente diferente: preços combinados entre passageiro e motorista. Pelo app, quem pede uam corrida pode solicitar uma viagem e negociar o valor da corrida com quem dirige. Esse diferencial tem ajudado a conquistar clientes e a se aproximar de parceiros no Brasil, afirmou o CEO Arsen Tomsky ao Canaltech
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As declarações foram dadas em uma entrevista exclusiva no Web Summit Rio, evento de tecnologia
e inovação no realizado no Rio de Janeiro (RJ) entre 16 e 18 de abril. Durante a conversa, o executivo falou sobre a atuação da plataforma no país, que tem o Brasil como um dos seus principais mercados e já atua em 160 cidades.
“[A América Latina] é uma região muito importante para nós e pensamos que é porque as pessoas adoram ter a oportunidade de escolher, porque lhes damos essa oportunidade”, apontou. “Se você usa Uber ou 99 não dá para escolher. Você apenas aponta os pontos A e B da corrida e eles lhe dão um carro e dizem quanto você deve pagar.”
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Preços combinados
A inDrive, assim como os demais apps de mobilidade, conecta passageiros e motoristas. Porém, antes de solicitar a corrida, os clientes devem especificar o valor que desejam pagar. Após o pedido, os motoristas têm duas opções: aceitar ou iniciar uma negociação.
Essa alternativa garante um caminho para evitar surpresas e, nas palavras da companhia, definir valores justos para os dois lados. Além de ressaltar o diferencial, Tomsky mostra que essa possibilidade de escolher os valores se tornou um atrativo em relação à Uber e 99.
“Muitos passageiros adoram ter essa oportunidade de optar por definir a tarifa diretamente e a gente vê isso porque o crescimento orgânico pelo ‘boca a boca’ foi e ainda é a principal fonte de novos usuários para nós”, explicou.
Flexibilidade para motoristas
Esse modelo de negócios não tem foco apenas no consumidor final. Além dos passageiros, os motoristas também conseguem escolher os valores e até mesmo recusar a proposta sem penalização. Além disso, o CEO da inDrive ressalta que os parceiros têm acesso às localizações iniciais e finais das corridas como algo que pode “salvar vidas”.
“Uma das coisas mais importantes é que eles podem escolher”, pontuou. “Por exemplo, eles veem aquele ponto A ou ponto B em um local não seguro, em um horário mais tarde e podem decidir não ir.”
Por outro lado, isso não significa que as viagens são isentas de taxas. Ainda que os pagamentos atualmente sejam feitos, em sua maioria, no dinheiro ou por transferência bancária, como Pix, a companhia aplica um custo de 10% sobre o valor da viagem.
inDrive experimenta pagamentos no app
Durante a conversa, Tomsky relatou que a inDrive dá preferência aos pagamentos diretos aos motoristas para evitar custos adicionais, por fora do app. De acordo com o CEO da empresa, o uso desses serviços pode trazer taxas adicionais, o que prejudicaria a experiência dos passageiros e motoristas.
Todavia, a inDrive começou a explorar exceções a esse modelos. “Vemos agora que, em algumas cidades, as pessoas preferem usar cartões e começamos a implementar esse tipo de pagamento”, explicou. “[Essa opção] já está disponível em algumas cidades brasileiras.”
Ao Canaltech
, a empresa informou que o serviço de pagamento por cartão já está funcionando em 20 cidades pelo Brasil, mas por ora é apenas um experimento. Entre os municípios, estão Curitiba (PR), Indaiatuba (SP) e outros locais do interior de Minas Gerais. “A previsão para que funcione em outras cidades é até o fim de 2024”, disse a companhia.
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