Algumas espécies são tão raras na natureza que passam a ser consideradas como extintas
. Foi o caso do asa-de-sabre-de-santa-marta ( Campylopterus phainopeplus
), um beija-flor que até então tinha sido dado como extinto. Isso mudou com uma pesquisa ainda não revisada, e publicada na plataforma BioRxiV
. Os pesquisadores conseguiram até um vídeo para registrar a aparição raríssima.
No novo relatório, disponibilizado neste mês, a equipe fez um mapeamento de todos os comportamentos de alimentação, canto e cortejo anteriormente não documentados desse beija-flor.
A “redescoberta” do asa-de-sabre-de-santa-marta ficou por conta da American Bird Conservancy (uma organização sem fins lucrativos dedicada à conservação de aves selvagens e seus habitats nas Américas) em parceria com a Universidad Nacional de Colombia e organizações como a ProCAT Colombia e World Parrot Trust.
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A espécie ficou perdida para a ciência por 64 anos antes de ser fotografada uma vez em 2010, apenas para se perder novamente. Algumas aves são reencontradas com o passar dos anos, mas outras não têm tanta sorte, como o dodô, extinto há mais de 400 anos
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Mas o destino do asa-de-sabre-de-santa-marta não foi o mesmo. Ele esteve listado entre as 10 aves perdidas mais procuradas pela Search for Lost Birds, e quando foi encontrado novamente, a American Bird Conservancy se uniu a outros colaboradores para ajudar a monitorar e estudar a população tão rara.
Beija-flor extinto
As observações de campo permitiram perceber que os machos frequentemente defendem territórios para atrair fêmeas e reproduzir.
Além disso, o beija-flor da espécie Campylopterus phainopeplus
prefere áreas de vegetação ao longo de margens de rios, córregos ou cursos de água. Veja o vídeo que os cientistas conseguiram obter da ave:
“Embora ainda haja muito a ser descoberto sobre o asa-de-sabre-de-santa-marta, os pesquisadores da American Bird Conservancy ficaram emocionados quando avistaram o esquivo pássaro na expedição e capturaram com sucesso imagens e vídeos ‘de cair o queixo’”, diz um anúncio da organização.
A ONG também afirma que agora parece ter decifrado o verdadiero enigma que é esse beija-flor até então extinto. “Entendemos, pela primeira vez, algo sobre ele e como ele conseguiu desaparecer da ciência durante a maior parte dos últimos cem anos”, concluem os cientistas envolvidos.
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