A sonda Parker Solar, da NASA
, atravessou uma ejeção de massa coronal (CME) expelida pelo Sol. Com seu instrumento Wide-field Imager for Parker Solar Probe (WISPR), a espaçonave filmou as partículas eletricamente carregadas liberadas por nosso astro, capturando dados de grande importância para físicos que estudam a atividade solar.
As CME são grandes nuvens de plasma e campos magnéticos vindos da coroa solar, a atmosfera mais externa do astro. As mais rápidas podem chegar à Terra em até 18 horas, enquanto as mais lentas levam alguns dias para nos alcançar.
Pois bem, a sonda Parker atravessou um destes fenômenos e observou seu interior, detectando as chamadas instabilidades de Kelvin-Helmholtz (KHI). Elas acontecem quando uma porção de fluido em movimento rápido interage com outro, em outra velocidade.
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Na Terra, as KHI ocorrem quando a velocidade do vento em determinada parte de uma nuvem é diferente do vento que sopra em outra. Os cientistas suspeitavam que algo semelhante pudesse acontecer nas CMEs, já que o plasma delas se move a uma velocidade diferente do vento solar
ao fundo.
Entretanto, ainda faltava o equipamento para observar o fenômeno, mas isso mudou com a Parker. “A turbulência que dá origem ao KHI tem papel fundamental na regulação da dinâmica das CMEs que fluem pelo vento solar ambiente”, disse Evangelos Paouris, físico solar da Universidade George Mason.
Esta não é a primeira vez que a sonda atravessa nuvens de partículas solares. Em 2021, a Parker Solar “tocou” a coroa solar e registrou com o WISPR imagens impressionantes dos fluxos solares
. Eles são estruturas de gases eletricamente carregados e plasma que, normalmente, são vistas só durante eclipses solares.
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