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Twitch volta atrás e proíbe nudez nas lives

Felipe Demartini

Twitch volta atrás e proíbe nudez nas lives

Foram menos de dois dias para a Twitch
voltar atrás nas regras que passaram a permitir “nu artístico” nas lives transmitidas pela plataforma. Segundo a empresa, as medidas anunciadas na última quarta-feira (13) buscavam adequar a comunidade e reduzir punições desproporcionais, mas geraram preocupações quanto ao aumento de conteúdo sexual por lá.

Os temores se provaram reais apenas horas depois do anúncio das regras, quando lives de conteúdo questionável e sexual começaram a se proliferar na Twitch
. Pelas normas, elas deveriam receber marcação específica e não seriam destacadas na página inicial do serviço, um controle parental considerado ineficiente pela comunidade, que criticou em peso.

A principal alegação era quanto ao acesso a material de nudez por menores de idade, com esse tipo de conteúdo dividindo o espaço com lives de games, por exemplo. Em resposta às críticas, a Twitch revelou nesta sexta (15) que revogou as normas e proibiu, novamente, atos sexuais e nudez de qualquer natureza.

As únicas exceções, como antes, são os games de natureza adulta. Eles até podem conter cenas de exposição, mas não podem ser de natureza explícita ou pornográfica. Da mesma forma, regras relacionadas a conteúdo sexual ou sugestivo em emojis também foram revistas e voltaram ao caráter anterior
.

Na atualização das políticas, a plataforma de streaming da Amazon
frisou que a mudança nas regras veio em resposta ao feedback de artistas e usuários, que consideravam as regras originais muito limitantes. Ainda, a empresa pediu desculpas pela confusão causada e disse seguir ouvindo a comunidade para encontrar ajustes que sirvam a todos os tipos de criadores.

“Liberou geral”

Originalmente, o intuito das novas regras da Twitch era definir melhor o que seria considerado conteúdo de natureza sexual ou não, para melhor aplicação de punições. Os principais beneficiados seriam os artistas, que poderiam realizar lives com estudos de anatomia ou criação de materiais contendo nudez, por exemplo.

Outro foco de mudança eram as streamers, que segundo a empresa poderiam ser punidas desproporcionalmente pelo uso de roupas decotadas, por exemplo, em lives sem natureza sexual. Outros argumentos usados para exemplificar a abrangência considerada negativas das regras, por exemplo, foi a prática de twerk em um casamento ou transmissões de exercícios de pole dance, que também poderiam ser erroneamente classificadas como eróticas.

Por outro lado, a resposta a tudo isso foi considerada abrangente demais na direção oposta. Ainda que a exposição de mamilos e genitais fosse permitida apenas em desenhos, as regras liberavam danças eróticas, lives de pintura corporal ou transmissões provocativas, por exemplo.

Da mesma forma que as mudanças tinham caráter imediato, a revogação também já está valendo, enquanto a bagunça permanece. Entre os criadores, resta a dúvida sobre a aplicação das regras antigas a gravações de conteúdos transmitidos durante a vigência das alterações, enquanto outros reclamam de banimentos injustos mesmo com o cumprimento de todas as regras.

Leia a matéria no Canaltech
.

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