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Tombaugh Regio: coração em Plutão pode estar ligado a colisão

Danielle Cassita

Tombaugh Regio: coração em Plutão pode estar ligado a colisão

Parece que os astrônomos estão mais próximos de entender a origem de Tombaugh Regio, região em Plutão cujo formato lembra o de um coração
. Astrofísicos liderados pela Universidade de Berna e Centro Nacional de Competência em Pesquisa (NCCR) conseguiram, pela primeira vez, reproduzir a estrutura em simulações. Para isso, eles a atribuíram a um grande impacto.

Tombaugh Regio foi revelada pela missão New Horizons
, que sobrevoou o planeta anão em 2015. Desde então, este “coração” intriga os cientistas por seu formato, composição geológica e relevo: a área é cercada por um material mais brilhante que seus arredores, lhe conferindo cor clara.

Isso não significa que a Tombaugh Regio é feita de um só elemento — por exemplo, a Planície Sputnik, que é a parte oeste do coração, é extremamente brilhante devido ao nitrogênio congelado ali. Para o estudo, os astrofísicos usaram simulações para tentar explicar de onde veio esta estrutura.


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No caso de Plutão, uma possível anomalia gravitacional poderia ser explicada por algum impacto — mas só se a força gravitacional lá fosse maior que o esperado, não menor. Um estudo já sugeriu que a diferença entre a gravidade esperada e aquela registrada talvez pudesse ser explicada por um oceano sob a superfície, mas no novo estudo, os autores conseguiram explicá-la sem a massa de água.

O coautor Martin Jutzi explica que, nas simulações, todo o manto primordial do planeta anão foi escavado pelo objeto que o impactou. Depois, o material do núcleo do objeto no impacto se espalhou pelo de Plutão, formando massa em excesso que poderia muito bem ter migrado para a região equatorial.

Já “o formato alongado de Sputnik Planitia
sugere fortemente que o impacto não foi uma colisão frontal direta, mas sim oblíqua”. O modelo que melhor encaixa com o impacto sugere que o evento foi causado por um objeto rochoso e congelado, que tinha cerca de 730 km de diâmetro e se movia lentamente.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy
.

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.

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