TikTok tenta burlar lei que proíbe seu funcionamento em território estadunidense
O TikTok assinou um acordo para criar uma nova joint venture nos EUA, controlada majoritariamente por investidores americanos. A ideia é evitar a proibição do aplicativo no país, após a aprovação de uma lei no Congresso no ano passado. A negociação foi divulgada pelo CEO, Shou Chew, nesta quinta-feira (18).
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Segundo a nova legislação americana, o TikTok não poderia operar no país caso continuasse sob controle total da chinesa ByteDance. Com a divulgação da criação de uma joint venture, a empresa terá respaldo em território americano.
Novos investidores
Acionistas de empresas americanas vão controlar maior parte do TikTok
Um memorando interno divulgado pelo CEO do TikTok informa que a nova empresa terá como investidores a Oracle Corporation, a Silver Lake e a MGX, além de outros acionistas. O acordo dá início ao processo que pode encerrar um impasse que se arrasta há anos sobre o futuro do aplicativo no mercado americano, explica a ABC News.
De acordo com o documento, Oracle, Silver Lake e MGX ficarão, cada uma, com 15% da nova empresa. A ByteDance manterá 19,9% de participação, enquanto 30,1% ficarão com afiliadas de investidores já existentes da controladora chinesa.
No memorando, Chew afirmou que “ainda há trabalho a ser feito” até a data prevista para a conclusão da operação, em 22 de janeiro de 2026.
“Assinamos acordos com investidores para uma nova joint venture do TikTok nos EUA, permitindo que mais de 170 milhões de americanos continuem descobrindo um mundo de possibilidades infinitas como parte de uma comunidade global vital”, escreveu.
Proibição por lei
A operação ocorre após a sanção de uma lei que determina o banimento do TikTok nos Estados Unidos caso a ByteDance não transfira o controle da operação americana para investidores locais.
A informação divulgada pelo TikTok destaca que, conforme ordem executiva assinada por Trump em 25 de setembro de 2025, a joint venture será majoritariamente controlada por investidores americanos, terá um conselho de administração com sete membros, em sua maioria dos EUA, e estará sujeita a regras voltadas à proteção de dados dos usuários e à segurança nacional.
