Aplaudido durante 11 minutos no Festival de Cannes 2024, o filme de terror The Substance
, protagonizado por Demi Moore, promete ser a grande revelação do gênero neste ano. Dirigido pela francesa Coralie Fargeat, ele foca em um horror ácido que faz uma crítica à sociedade e a busca enfreada pela beleza.

Na trama, o filme apresenta para o público um produto revolucionado que permite ao usuários criar um alter ego mais jovem, mais bonito e perfeito por meio de uma injeção que desbloqueia o seu DNA e estimula uma nova divisão celular.

Quem o usa é Elisabeth Sparkle (Moore), uma apresentadora de TV experiente que é demitida porque agora é considerada velha demais para a câmera. Ela injeta o líquido verde fosforecente no seu corpo e, em seguida, desmaia no chão. Sua pele se abre toda pela espinha dorsal e uma nova “pessoa” surge. É Sue (Margaret Qualley), sua versão mais nova e mais sexy.

–
Podcast Canaltech: de segunda a sexta-feira, você escuta as principais manchetes e comentários sobre os acontecimentos tecnológicos no Brasil e no mundo. Links aqui: https://canaltech.com.br/podcast/

–

Só que, como o programa alerta, elas são um só ser. Funciona assim: durante uma semana, Sue pode sair pelo mundo e fazer o que quiser — que é quando ela desenvolve seu próprio programa de TV —, mas depois precisa hibernar para que Elisabeth possa se alimentar e sobreviver. Assim, Sue revive a cada duas semanas.

Demi Moore’s first movie in Cannes, ‘The Substance’, got a roaring response at its world premiere Sunday. #cannes2024
pic.twitter.com/ly18ZKqGMk

— Deadline Hollywood (@DEADLINE) May 19, 2024

Essa relação um tanto quanto grotesca começa a sair do controle, e o filme abusa do body horror
para chocar seus espectadores. As críticas internacionais garentem que The Substance
é bruto e divertido, também obsceno e erótico já que não poupa as cenas de nudez. O site The Wrap, por exemplo, garante que o terror é “sutil como uma marreta”. As atuações também foram elogiadas e Moore, mais uma vez, se sobresaiu em cena.

É importante lembrar que este é apenas o segundo filme da diretora, que fez sua estreia com Revenge
, um filme sobre estupro, em 2018. Seu sucesso em Cannes prova que há espaço para o terror em festivais, apesar de poucos exemplares do gênero ganharem premiações
. No Oscar, por exemplo, apenas 18 filmes de terror levaram a estatueta para casa até 2024.

Além dessa relevância, o filme também marca o retorno de Moore após 30 anos afastada dos cinemas. Dennis Quaid, que fez seu par romântico no longa, comentou que é o início de um terceiro ato na carreira da atriz. “É encorajador”. Já ela comentou esse era o filme ideal para tirar-lhe da zona de conforto.

O filme ainda não tem data para estrear aqui no Brasil, mas é distribuido pela Mubi e pode ser que chegue direto na plataforma.

Leia a matéria no Canaltech
.

Trending no Canaltech: