domingo, 22 de dezembro de 2024

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Sondas Voyager estão em perigo — e raios cósmicos são culpados

Danielle Cassita

Sondas Voyager estão em perigo — e raios cósmicos são culpados

As sondas Voyager 1 e 2 viajam pelo espaço em meio a uma verdadeira chuva de raios cósmicos
, o que talvez explique os problemas que apresentaram. É o que observou Alan Cummings, físico de raios cósmicos na NASA
que faz parte do programa Voyager desde seu início.

Ambas as sondas foram lançadas na década de 1970. Elas já viajaram tão longe que saíram da heliosfera
, nome dado à bolha protetora formada pelas partículas do Sol — e, para o cientista, isso significa que elas estão em perigo maior do que nunca.

Os raios cósmicos são formados por partículas extremamente pequenas que viajam quase à velocidade da luz
. Os astrônomos acreditam que as supernovas são as grandes responsáveis por muitas destas emissões, já que as ondas de choque liberadas por elas são capazes de acelerar partículas.


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Claro, os cientistas sabiam dos riscos e prepararam as Voyager com componentes e escudos resistentes à radiação, principalmente nos dispositivos mais sensíveis. Estas camadas mantêm longe parte das partículas, mas não todas.

“A galáxia está repleta de raios cósmicos galácticos
”, observou o cientista. Sem a proteção da heliosfera, é como se as sondas recebessem o impacto direto dos raios cósmicos. “Estamos desviando de balas lá fora”, acrescentou.

Para ele, talvez isso explique o motivo de, às vezes, as sondas apresentarem falhas. Em 2010, a Voyager 2 começou a enviar dados com erros para a Terra, mas a NASA corrigiu o problema. Ele suspeita que o problema foi causado por algum raio
cósmico que teria danificado a memória computacional da sonda.

Mais recentemente, foi a vez da Voyager 1 ter problemas para enviar dados
. A sonda passou os últimos cinco meses sem transmitir corretamente dados científicos e de engenharia porque algo corrompeu um componente em seu computador de bordo.

“Não sabemos tudo”, acrescentou Cummings, em referência à dificuldade de diagnosticar erros em espaçonaves tão distantes. “Mas acho que os raios cósmicos galácticos são os culpados pela maioria desses problemas”, alertou.

Leia a matéria no Canaltech
.

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