Sonda chinesa Chang’e 6 retorna com amostras do lado oculto da Lua
Nesta terça-feira (25), às 3h06 no horário de Brasília, a cápsula contendo amostras do lado escuro da Lua retornou ao planeta Terra, concluindo a missão chinesa Chang’e 6 de 53 dias
. A aterrissagem ocorreu na Mongólia Interior, região autônoma no norte da China.
A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) declarou que a missão, lançado no dia 3 de maio, com a sonda Chang’e
6
foi um “sucesso completo”, e que marca uma conquista notável no campo da exploração espacial.
Oficialmente, a China é o primeiro país a coletar amostras do lado oculto da Lua e trazê-las para a análise posterior na Terra. Em 2030, a CNSA pretende levar uma missão tripulada até a Lua.
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Chang’e 6 e o lado oculto da Lua
A parte oculta da Lua é aquela que nunca é visível da Terra devido à rotação do satélite. Mesmo com poucas informações sobre essa região lunar, os cientistas têm bastante interesse em analisar essas amostras de rocha e do solo.
Inclusive, a equipe de pesquisa chinesa prevê que as amostras incluirão rochas vulcânicas com 2,5 milhões de anos e outros materiais que podem responder a questões sobre as diferenças geográficas nos dois lados da Lua e sobre a origem do satélite.
Para a pesquisadora do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia Chinesa de Ciências, He Huaiyu, essas amostras serão valiosas para os estudos na área das Ciências da Terra, o que inclui a geoquímica e a geofísica.
Também poderão ser analisadas por físicos na pesquisa de nuclídeos radioativos. Outra gama de análise envolve culturas biológicas usando as amostras do solo lunar.
China na Lua
Entre 2018 e 2019, a China enviou a primeira nave espacial para o lado oculto da Lua, com a missão Chang’e 4. No ano seguinte, com a Chang’e 5, foram coletadas amostras de quase 2 kg do solo lunar
, mas da face visível da Terra.
Analisando esse material, os pesquisadores encontraram o Changesite-(Y), um mineral semelhante a um cristal incolor, retirado do basalto lunar. Desta vez, as descobertas podem ser ainda mais animadoras.
A seguir, veja as imagens da cápsula como amostras do lado oculto da Lua, divulgadas pela T elevisão Central da China (CCTV)
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