A atividade solar aumentou
e as explosões se tornaram difíceis de acompanhar. Desde o dia 3 de maio, a região ativa AR3663, sozinha, disparou cinco erupções de classe X (forte) e mais de 20 de categoria M (média). No que isso implica para a Terra?
Atividade solar atual
No momento, existem duas grandes regiões ativas — AR3663 e AR3664 —, com seus respectivos grupos de manchas solares. A primeira delas já é a mais ativa deste ciclo, que teve início em 2019, com várias erupções da classe X em seu currículo.
Enquanto isso, a AR3664 mais que dobrou de tamanho em apenas 48 horas, tornando-se também uma das maiores do ciclo. Sua “irmã mais velha” já está desaparecendo do lado visível do Sol, mas ela ainda tem um bom caminho para percorrer.
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Também foram registradas ejeções de massa coronal, isto é, nuvens gigantes de plasma expelidos da atomsfera superior do Sol em direção ao espaço. Quando uma delas atinge a Terra, ocorre uma tempestade geomagnética, causando auroras boreais.
Erupções solares
Entre as explosões mais fortes relatadas entre os dias 7 e 8 de maio, houve duas de classe X1.0 (a mais fraca da categoria “forte”), com picos às 22:41h e 02:09h (horário de Brasília).
Durante as erupções, ambas as regiões AR3663 e AR3664 tinham a configuração magnética beta-gama-delta. Isso significa que têm altas probabilidades de emitir erupções intensas a qualquer momento.
Durante o mesmo período, elas também produziram diversas explosões de classe M, incluindo:
- Explosão de classe M7.1 com pico às 03:53h
- Explosão de classe M8.6 com pico às 09:04h
- Explosão de classe M7.9 com pico às 14:53h
As outras regiões ativas atualmente presentes no Sol permaneceram inativas e estáveis.
Ejeções de massa coronal
Alguns desses eventos resultaram em ejeções de massa coronal (CME), com chances de atingir a Terra e causar tempestades geomagnéticas de classe G2 (média) ou G3 (forte).
Essa CME foi lançada ao espaço nesta quarta-feira (8) pelas explosões da mancha AR3664, e deve chegar à Terra em 11 de maio. A tempestade geomagnética deve ser G2, mas pode escalar para G3 se uma segunda CME vier logo atrás, mas não há certeza sobre isso.
As tempestades solares são naturais e ocorrem mais ou menos na metade de cada ciclo de 11 anos, e normalmente não oferecem riscos. Contudo, se uma tempestade solar vier com a mesma intensidade daquela que causou o Evento de Carrington, podemos esperar efeitos catastróficos.
Fenômenos como este geram correntes induzidas, que fluem através dos componentes ligados às redes elétricas, como transformadores. Isso tem o potencial de causar danos internos aos componentes de satélites em órbita, por exemplo, e falhas elétricas em larga escala.
Por enquanto, não houve nenhuma erupção solar capaz de produzir uma CME tão poderosa quanto a do Evento de Carrington
, mas astrônomos do mundo inteiro monitoram a atividade solar para evitar que uma eventual tempestade perigosa nos pegue de surpresa.
Embora a mancha AR3664 seja 15 vezes o tamanho da Terra e quase do mesmo tamanho da mancha que causou o Evento de Carrington, ela não deve produzir CMEs mais poderosas que as já registradas até o momento durante o ciclo atual.
Massive sunspot region 3664 grows and becomes more complex over past two days in this footage courtesy of https://t.co/LZr8ncHIgv
See our follow-up post about what this means for solar flare probabilities over the next few days and visit https://t.co/9n7phHb5ok
for the latest! pic.twitter.com/lcW621YqX1— NOAA Space Weather Prediction Center (@NWSSWPC) May 7, 2024
Aliás, a AR3664 é tão grande que pode ser visível a olho nu (com óculos apropriados para observação de eclipses solares), ou seja, sem nenhuma ampliação.
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