quinta-feira, 28 de agosto de 2025

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Séries e filmes sobre tecnologia que previram o futuro

Cash Macanaya/Unsplash

Diferentes obras audiovisuais previram inovações tecnológicas antes de virarem realidade

Filmes e séries têm o poder de transportar os telespectadores para o futuro, muitas vezes antecipando inovações tecnológicas  que se tornam parte do nosso cotidiano. Neste guia do Portal iG revisitamos obras que previram tecnologias que hoje são realidade.

Desde clássicos da ficção científica até dramas contemporâneos, essas produções demonstram como a arte pode dar um vislumbre do amanhã, inspirando o desenvolvimento de tecnologias que antes pareciam impossíveis.

2001: Uma Odisseia no Espaço

O clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, lançado em 1968, inicia sua narrativa na pré-história, quando um misterioso monolito negro surge diante dos primeiros humanos, sugerindo a influência de uma civilização desconhecida.

Milhões de anos depois, no século XXI, astronautas partem em missão rumo a Júpiter a bordo da nave Discovery One, comandados por David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood). A jornada, controlada pelo supercomputador HAL 9000, se transforma em ameaça quando a inteligência artificial entra em pane e tenta assumir o controle, eliminando os tripulantes.

O longa apresentou conceitos visionários para a época, como o HAL 9000, capaz de dialogar e tomar decisões complexas, além de prever o uso de tablets com tela sensível ao toque.

As cenas de videoconferência e interfaces digitais anteciparam tecnologias hoje comuns, como Zoom, assistentes virtuais e tablets híbridos presentes em escritórios e residências.

Óculos de realidade virtual
Bermix Studio/Unsplash

Óculos de realidade virtual

Blade Runner

O clássico Blade Runner, dirigido por Ridley Scott em 1982, apresentou um futuro distópico no qual replicantes, seres biotecnológicos quase idênticos a humanos, coexistem com cidades dominadas por drones de patrulha, outdoors eletrônicos gigantes e vigilância constante.

Na trama, uma poderosa corporação do início do século XXI desenvolve robôs mais fortes e ágeis que os humanos, capazes também de igualar sua inteligência. Criados para atuar como mão de obra escrava em colônias fora da Terra, os replicantes tornam-se ilegais no planeta após um motim em uma dessas colônias. Como consequência, qualquer replicante encontrado deve ser “removido” por policiais de elite conhecidos como Blade Runners.

Em novembro de 2019, em Los Angeles, quando cinco replicantes retornam clandestinamente à Terra, o ex-Blade Runner Rick Deckard (Harrison Ford) é convocado para caçá-los.

Décadas depois do lançamento, elementos do filme se transformam em realidade: laboratórios desenvolvem tecidos e órgãos artificiais, enquanto governos e empresas testam drones autônomos e sistemas de reconhecimento facial em espaços públicos.

Her

O filme Ela(Her), dirigido por Spike Jonze em 2013, acompanha Theodore (Joaquin Phoenix), um escritor solitário que adquire um sistema operacional inovador e acaba se apaixonando pela voz da assistente virtual, capaz de expressar emoções complexas.

A trama apresenta uma história de amor improvável que reflete sobre a relação íntima entre seres humanos e tecnologia no mundo contemporâneo.

Anos após o lançamento, a ficção ganhou paralelo com a realidade. Sistemas de voz como Alexa e Google Assistant evoluíram para compreender comandos complexos, manter conversas naturais e aprender preferências dos usuários, aproximando-se da personalização afetiva mostrada no longa.

Braço robô
ZHENYU LUO/Unsplash

Braço robô

Matrix

A franquia Matrix, lançada em 1999 pelos irmãos Wachowski, apresentou um futuro distópico em que humanos vivem presos a uma realidade virtual criada por máquinas conscientes.

No enredo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um programador atormentado por sonhos estranhos, descobre com a ajuda de Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss) que o mundo em que vive é uma simulação digital. A partir daí, ele assume a identidade de Neo, o escolhido destinado a enfrentar o Matrix e libertar a humanidade.

O longa marcou a cultura pop ao discutir a fronteira entre real e virtual e ao introduzir efeitos visuais revolucionários. Décadas depois, óculos de realidade virtual e plataformas de metaverso possibilitam experiências imersivas em ambientes 3D, ainda que sem reproduzir a totalidade sensorial imaginada na ficção.

Black Mirror

A série britânica Black Mirror, criada em 2011, reúne episódios independentes que exploram os impactos sociais e psicológicos de novas tecnologias. Em ” The Entire History of You “, por exemplo, personagens utilizam um chip chamado Grain, capaz de registrar tudo o que veem e ouvem, permitindo revisitar cada detalhe do passado.

Na trama, Liam, um advogado casado, passa a desconfiar da esposa após rever repetidamente gravações de encontros sociais, mergulhando em um ciclo de obsessão e paranoia.

A ficção dialoga com a realidade ao passo que já existem óculos inteligentes e dispositivos de gravação contínua capazes de armazenar vídeos em nuvem, sinalizando avanços que se aproximam do controle absoluto da memória retratado na série.

Westworld

A série Westworld, lançada em 2016, apresenta um parque futurista para adultos, ambientado no Velho Oeste e habitado por androides quase humanos, conhecidos como anfitriões. Programados pelo Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) para acreditar em sua própria humanidade, eles interagem com visitantes que podem agir sem regras ou limites.

Quando uma atualização nos sistemas falha, os androides passam a demonstrar sinais de consciência, colocando em risco o equilíbrio entre homens e máquinas. Entre eles está Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood), a típica jovem de fazenda que começa a questionar a realidade de sua existência.

A produção discute a evolução da inteligência artificial e antecipa debates atuais. Pesquisas em robótica social e IA generativa avançam na criação de autômatos capazes de manter conversas naturais, exibir expressões faciais realistas e improvisar a ponto de confundir observadores desavisados, um reflexo do dilema retratado na ficção.

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